Arranca já na próxima sexta-feira a 29.ª edição da Feira do Livro de Braga, este ano em formato virtual, devido à pandemia de Covid-19, e com a duração de dois meses, até 3 de setembro. Uma inovação que, segundo a organização, aponta já em direção ao futuro.
O acesso ao certame será feito através da internet, num 'link' que será disponibilizado para o efeito. Já a compra de livros nos 20 expositores - a esmagadora maioria de Braga - será possibilitada através da plataforma 'Dott'. Também através das redes sociais será transmitido o programa que contempla conversas com escritores nacionais e internacionais, apresentações de publicações e passatempos que serão um atrativo para quem se quiser habilitar a ganhar livros. Ildefonso Falcones, Richard Zimler, Isabel Stilwell, Afonso Reis Cabral, José Luís Peixoto Karina Sainz Borgo e Adriana Lisboa são alguns dos escritores convidados.
Pontualmente, haverá atividades presenciais em espaços da cidade, como o Museu dos Biscainhos ou a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, mas sempre mediante inscrição prévia de modo a garantir o cumprimento das normas de segurança preconizadas pela DGS.
Na conferência de imprensa de apresentação do evento realizada hoje, também ela 'online', a vereadora do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga explicou esta aposta no digital com o facto de não querer "deixar cair" o evento, tal como aconteceu com outros.
«Foi uma decisão muito ponderada. Quando em março fomos obrigados a ficar confinados em casa sem sabermos como decorreriam os meses seguintes, repensamos todos os eventos e atividades. A Feira do Livro não foi exceção e, entre fazer e não fazer, entendemos seguir por um formato diferente que também já entrou nas nossas vidas», disse, recusando comparar o evento de Braga com os de Lisboa ou Porto, já que possui «características muito próprias». Para além disso, «não quisemos alterar a data inicialmente prevista».
Esta edição da Feira do Livro tem um orçamento a rondar os 25 mil euros, um valor idêntico ao da feira do livro presencial de anos anteriores, mas este ano a organização suporta «todos os custos» na inscrição dos livreiros e alfarrabistas na plataforma, bem como no processo para a transição para o digital e na manutenção, explicou Carlos Silva, administrador da InvestBraga,
Autor: Rita Cunha
Dois meses de Feira do Livro virtual para afirmar Braga como «cidade leitora»

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Publicado em 30 de junho de 2020, às 16:57