Uma vez mais, depois da missa, todos os presentes da Sé Catedral de Braga seguiram em procissão rumo à Capela de S. Geraldo, colorida e perfumada com fruta fresca, em memória do padroeiro da cidade. Como anfitrião, o cónego José Paulo Abreu, deão da Sé de Braga, agradeceu a presença dos dois poderes para cumprir a «bonita» tradição de oferecer cestas de frutas; e aproveitou para pedir ao Arcebispo e aos representantes do Município de Braga que olhem à janela para obervarem e ouvirem aqueles que estão com as forças quebradas pelas mais variados motivos.
Na sua intervenção, o cónego José Paulo Abreu enumerou aqueles alguns daqueles que estão com as forças quebradas, nomeadamente os que não têm emprego, os que têm orçamentos baixos, os que sofrem as mais variadas violências, os migrantes e todos quantos sofrem.
Afinal, recordou o deão da Sé de Braga, tanto o poder autárquico como o poder religioso estão a trabalhar para o mesmo povo. «Não se pode deixar perder a esperança. Todos somos pucos para ajudar, para ir ao encontro dos que precisam, colher frutas e distribuir».
A propósito de distribuir frutas, as frutas que decoraram a capela de S. Geraldo no dia de ontem vão ser entregues à Cáritas, que as vai distribuir para os pobres de Braga.
Da parte do município, a presidente da Assembleia Municipal de Braga, Hortense Santos, tomou a palavra para concordar com o deão da Sé e reiterar o compromisso do Município em «trabalhar diariamente» para que os bracarenses, sobretudo aqueles que têm menos, tenham uma vida melhor.
O Arcebispo de Braga também interveio para enaltecer o gesto, no qual toma parte pela primeira vez, e lembrou, com emoção, a cerimónia de representação do milagre da fruta cim as escolas, na manhã de ontem. Gostou de ver a Sé cheia de crianças que certamente não mais vão esquecer a mensagem de S. Geraldo.
Quanto ao desafio do cónego José Paulo Abreu, D. José Cordeiro vai mais longe, dizendo que é preciso não só ir à janela, mas também abrir portas e acolher todos aquels que estão fragilizados, para que se sintam acolhidos.
Autor: Francisco de Assis