A exposição inédita é apresentada no âmbito de uma parceria entre o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) e a Embaixada de Portugal em Berlim, para divulgar o trabalho de jovens artistas portugueses na capital alemã, no âmbito do Berlin Gallery Weekend.O trabalho de Ana Guedes, nascida em Braga, em 1981, foi desenvolvido no quadro da residência artística que realizou durante o último ano na Van Eyck Academie, em Maastricht, na Holanda. Com curadoria de Joana Valsassina, a mostra - primeira individual de Ana Guedes em Berlim - intitula-se "On recurrences: 7.º Volume. Edição nº 13 007/1448. 30’07’’", e "cria um intrigante mecanismo de reverberação e ampliação de som composto por gira-discos sincronizados, uma estrutura modular de ressonância, favos de abelha, e pelo próprio espaço expositivo, tornando-o parte integrante da sua instalação sonora", de acordo com a descrição do MAAT. https://vimeo.com/202093464 O trabalho parte de uma coleção de discos de vinil das décadas de 1960, 1970 e 1980, e de livros de orientação marxista que a artista herdou do pai, e que mapeiam a sua história familiar entre Angola, Portugal e Canadá. "Sondar e digerir estes fragmentos de história e memória surge como forma de refletir sobre as ramificações pessoais, sociais e naturais de estruturas de poder instituídas", acrescenta a nota do museu sobre a obra. A prática artística da autora conjuga habitualmente som, instalação e performance, interligando temporalidades e narrativas históricas e autobiográficas.
Ana Guedes foi uma das artistas finalistas do prémio EDP Novos Artistas 2017, tendo recebido uma menção honrosa pelo trabalho apresentado.No âmbito desta parceria entre o MAAT e a Embaixada de Portugal em Berlim já foram apresentadas mostras individuais de André Romão, Nuno da Luz e Igor Jesus.
Autor: Redação / NC