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Crianças da Sé mantêm bem viva tradição das marchas de Santo António

Crianças da Sé mantêm bem viva tradição das marchas de Santo António
Fotografia

Publicado em 13 de junho de 2022, às 18:25

O grupo, cheio de colorido e de alegria, atuou no Rossio da Sé e percorreu em cortejo algumas das principais artérias do centro histórico.

As crianças da Escola Básica da Sé e do Jardim de Infância Quinta das Hortas deram, hoje, vida a uma das tradições mais doces da cidade de Braga, perpetuando as suas famosas “Marchas de Santo António”. Depois de dois anos sem sair à rua em virtude da pandemia, foi com redobrada alegria que o colorido grupo atuou no Rossio da Sé frente a um público maioritariamente constituído por familiares e comunidade escolar, nas também por muitos transeuntes que não resistiram ao apelo das vozes infantis. «Com as saias de cor garrida/ E o pé a dar a dar/a escola da Sé convida/ a freguesia a dançar», cantavam as crianças, demonstrando que mesmo numa cidade em que S. João é rei, ainda há muito espaço para celebrar também o Santo António. Vestidos de cor-de-rosa estavam os mais pequeninos, do Jardim de Infância Quinta das hortas, tendo atuado de vermelho os do 1.º ano da EB1 da Sé, de amarelo os do 2.º ano, de azul os do 3.º e de verde os do 4.º, constituindo um grupo multicor que após a atuação no Rossio da Sé, percorreu algumas das principais artérias do centro da cidade. Além das crianças, também as encarregadas de educação trajaram a rigor com saias cedidas pelos Bravos da Boa Luz. Ana Maria Silva, professora do 3.º ano na EB1 da Sé, a quem coube a coordenação das marchas deste ano, afirmou que «este regresso sabe muito bem e até arrepia, pois há muitos meninos que nunca chegaram a participar». Este ano mais de 250 alunos dos dois estabelecimentos de ensino saíram às ruas depois de três a quatro semanas de ensaios que correram da melhor forma, já que estas crianças estão muito habituadas a dançar nas outras atividades curriculares, uma vez que o ritmo, a dança e a música estão enraizados na filosofia do Agrupamento. «Todos cantam enquanto dançam porque ensaiámos com todos eles a música e é uma alegria ter aqui tanto público. Pedimos também a colaboração da Câmara de Braga, da Junta de Freguesia da Sé, do Turismo e da Polícia Municipal para realizar o percurso. Depois regressamos à escola, onde voltam a atuar e vão lanchar», explicou a professora. A exemplo do que sucedeu em anos anteriores, a coreografia foi criada especialmente para este dia, sempre com base nos movimentos originalmente associados às marchas, ao som de músicas antigas tão tradicionais na Sé.
Autor: Carla Esteves