Osalão paroquial de Gualtar encheu ontem para testemunhar e apreciar a encenação do Auto de S. Brás pelas crianças do 4.º ano da catequese.
O pároco de Gualtar explica que todos os anos há a preocupação de comprometer um ano específico nesta iniciativa, porque a catequese da paróquia de Gualtar tem mais de 200 crianças envolvidas nesta dinâmica. «Nós procuramos todos os anos atribuir a um ano muito específico, que normalmente é o 4.º ano, o assumir desta tarefa com os seus catequistas logo no início do ano catequético. Eles ficam com essa responsabilidade», disse.
Segundo frisou, a encenação do Auto de S. Brás é também uma forma muito concreta de fazer catequese, realçando a grande devoção que existe nesta paróquia a este santo.
Para o cónego Avelino Amorim, «é uma forma mais catequética de tomarem conhecimento, não só da vida , mas também da santidade de S. Brás».
«A catequese é procurarmos aprender a forma concreta de vermos o Evangelho nos nossos dias e de sermos hoje discípulos de Jesus. Os testemunhos dos santos são também para nós fundamentais nesta perspetiva, daí que o Auto de S. Brás deva ser, não apenas para aqueles que o preparam, mas para todas as crianças e adolescentes da catequese, uma forma muito concreta de tomarem conhecimento a maneira como S. Brás procurou viver a sua vida, na fidelidade à sua fé e a Jesus Cristo», salientou.
Nesta encenação, as crianças recordaram a vida de S. Brás, o santo advogado dos males da garganta e dos animais, nascido na cidade de Sebaste, na Arménia, cerca do ano 260.
Reza sua história que um dia uma mãe recorreu a S. Brás porque o filho tinha um espinho cravado na garganta e estava quase a morrer. O santo rezou, olhou para o céu e, de seguida, fez um sinal da cruz na garganta do menino, que ficou de imediato, milagrosamente, curado. Por isso, S. Brás é invocado para, por sua intercessão, serem curados os males de gargante.
S. Brás, já depois de se tornar bispo e de sofrer muitas perseguições pela sua devoção a Deus, foi morto degolado no dia 3 de fevereiro de 316.
Autor: José Carlos Ferreira