Todo o trabalho fica a cargo de quatro pessoas – as mesmas desde há muitos anos a esta parte – que, desde outubro, vêm trabalhando nos tecidos para que, por esta altura do ano, estes deem forma às vestes que desfilarão pelas principais ruas da cidade de Braga, recriando quadros e figuras bíblicas.«Começamos a trabalhar na época baixa para que agora esteja tudo pronto e apenas tenhamos de ajustar os tamanhos. Todo o trabalho é feito à mão, não é produção industrial», explicou Armanda Gonçalves, responsável por esta empresa. Tal como explicou ao Diário do Minho, «tudo obedece a uma organização» muito própria: «fazemos quadros bíblicos e depois propomos às pessoas não aquilo que elas têm na ideia mas formamos esses quadros e damos sugestões de roupas». Por isso, todos os anos a indumentária muda. «Como somos uma casa que trabalha para vários lados, tentamos que em Braga haja sempre coisas novas, atuais, feitas no próprio ano», explicou, vincando que o figurante para cada vestimento só é conhecido perto do dia da procissão. «Os fatos já estão feitos, temos vários tipos de medidas. Às vezes podemos ter de ajustar uma bainha, mas apenas isso porque não dá para preparar tudo em cima da hora. É muita gente», vincou. Comparando as procissões de hoje com as de antigamente, Armanda Gonçalves destacou o facto de se verem menos crianças. «Quando eu tinha dez anos chegaram a participar 400 a 500 crianças e, hoje em dia, no máximo são 300 já incluindo os adultos». Contudo, destacou o trabalho que tem sido feito pela Comissão no que respeita a captação de figurantes junto das escolas. [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Rita Cunha