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CERCI junta milhares em caminhada

CERCI junta milhares em caminhada
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Publicado em 13 de novembro de 2022, às 09:40

A presidente da CERCI Braga congratulou-se com a adesão, que foi um pouco acima do habitual.

Cerca de três mil pessoas inscreveram-se na caminhada mágica da CERCI Braga. Uma iniciativa que visou a angariação de verbas que permitam equilibrar as contas e ter em funcionamento residências autónomas para os utentes, assim como sensibilizar para os problemas com os quais as pessoas com deficiência mental e seus cuidadores se deparam nas suas vidas.

À margem da caminhada, que começou na Avenida Central depois de um aquecimento e terminou no Parque de S. João da Ponte, a presidente da CERCI Braga congratulou-se com a adesão, que foi um pouco acima do habitual. De acordo com Vera Vaz, este «acaba por ser um momento muito bonito em que as pessoas efetivamente vestem a camisola e se consegue alguma mobilização em torno da causa em prol das pessoas com deficiência».

Segundo explicou, o propósito desta iniciativa é a angariação de verbas para o funcionamento das residências autónomas, uma vez que a instituição está sem qualquer financiamento desde o início do ano, continuando a aguardar uma resposta da parte da Segurança Social. Recorde-se que, em agosto, a CERCI Braga viu-se obrigada a fechar as duas residências de que dispunha por falta de apoios, uma situação que se mantém.

Outro dos objetivos desta caminhada passou por alertar para as necessidades que esta franja da população sente. «Queremos que as pessoas tenham consciência de que a deficiência intelectual nem sempre é visível no rosto e as dificuldades por que vão passando ficam muito no seio familiar, desde o não terem um ATL que os aceite a não terem resposta quando terminam as escolas ou os pais idosos que veem o seu fim de vida e não sabem com quem vão deixar os filhos que continuam dependentes», explicou.

Durante o próximo ano, a instituição perspetiva «alargar e diversificar» as respostas sociais para fazer face às necessidades do concelho, que é «muito deficitário» nesta área.


Autor: Rita Cunha