É com alguma apreensão, mas também expetativa, que os responsáveis pelos centros comerciais da cidade de Braga veem o recolher obrigatório decretado para os próximos dois fins-de-semana, a partir das 13h00.
Ao que o Diário do Minho apurou, os horários das lojas e da zona de restauração serão variáveis nos dias 14, 15, 21 e 22. No caso do Braga Parque, por exemplo, «as lojas poderão ter horários diferenciados, uma vez que a legislação define que apenas algumas atividades podem receber clientes após as 13h00». Já no que respeita o período de emergência, «vamos manter o horário uma vez que estamos a encerrar às 22h00 e, como tal, dentro do intervalo previsto na lei», explicou o diretor do centro comercial, António Afonso.
No Nova Arcada, «o horário de funcionamento do centro mantém-se, sendo que os lojistas poderão optar, nos fins de semana de 14/15 e 21/22 de novembro, por permanecerem abertos, ou não, após as 13h00». Em relação aos restaurantes, «a abertura nestes dias é facultativa», explica a administração ao DM.
Sobre os efeitos que esta medida do Governo poderá ter tanto para os centros comerciais como para os lojistas, ambos os responsáveis acreditam que serão inevitáveis.
«O impacto vai ser significativo. O Braga Parque é um centro comercial de dimensão regional, que recebe muitos visitantes tanto à semana como ao fim-de-semana. Nos últimos meses, em vários dias tivemos que limitar a entrada dos clientes de forma a garantir o cumprimento da lei e evitar aglomerações. Temos também várias lojas com filas quase permanente de clientes para entrar», disse António Afonso, antecipando a expectável redução do fluxo de clientes nestes dias.
Também a administração do Nova Arcada crê que o impacto será «negativo», embora considere ainda «prematuro» quantificá-lo.
Autor: Rita Cunha
Centros comerciais apreensivos temem impacto negativo do recolhimento obrigatório

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Publicado em 11 de novembro de 2020, às 23:00