Centenário do CNE concentra em Braga mais de 20 mil escuteiros de todo o país

Mais de 20 mil escuteiros, oriundos de todos os pontos do país, vão concentrar-se em Braga, nos próximos dias 27 e 28 de maio, para comemorarem a Festa do Centenário do Corpo Nacional de Escutas (CNE), que assinala os 100 anos do movimento escutista no nosso país. Serão dois dias de festa, reflexão, partilha de histórias e valores e atividades desconcentradas por vários pontos da cidade, que prometem trazer a Braga uma dinâmica incomparável, naquele que se espera que seja um debate sobre o futuro do escutismo em Portugal, partindo das origens, já que foi precisamente em Braga que o Corpo Nacional de Escutas (CNE) nasceu, em 1923, tendo-se posteriormente difundido por todo o território nacional. O programa é vasto e inclui vários momentos importantes, com destaque para a realização do “Fórum 100”, uma oportunidade de discussão e debate de ideias, cujas conclusões serão apresentadas em Outubro, no congresso de encerramento das celebrações do centenário, e para a inauguração do Monumento ao Escutismo, uma obra que será instalada no Jardim dos Chorões, no Campo das Hortas. O chefe nacional do CNE, Ivo Faria, salientou que estarão presentes, na cidade barroca, escuteiros de todos os agrupamentos de Portugal Continental e Insular, que vão imprimir mais cor, mais festa e mais alegria à capital minhota. Vincando que o escutismo «é um ato de amor», uma oportunidade para crianças e jovens encontrarem causas e boas ações, sentido-se parte de uma comunidade, Ivo Faria considerou que este fim de semana será especial para recordar as razões que levaram mais 72 mil escuteiros a fazer parte do CNE, distribuídos por 1100 estruturas em território continental, regiões autónomas dos Açores e Madeira, Genebra, Zurique e Macau. Também o Arcebispo de Braga se debruçou sobre a origem do escutismo do nosso país, e realçando a importância da capitalminhota, considerou Braga como «o berço desta presença em Portugal». «Nasceu por vontade de um ilustre antecessor, o Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos, quando acompanhado pelo seu secretário, monsenhor Avelino Gonçalves, se inspiraram numa manifestação Católica, o Congresso Eucarístico Internacional, realizado em Roma em 1923. Depois começaram a replicar o Congresso aqui em Braga, com o nascimento do escutismo entre nós». Salientando a importância da ligação entre o escutismo e a eucaristia, D. José Cordeiro não deixou também de anunciar que em 2024, será também Braga a acolher o 5.º Congresso eucarístico Nacional, celebrando o primeiro congresso eucarístico nacional também ocorrido na cidade, e intimamente ligado aos escuteiros. Por sua vez, o presidente da Câmara de Braga afirmou que é com grande satisfação que a cidade acolhe estas celebrações e enalteceu o «importante trabalho realizado pelo Corpo Nacional de Escutas em benefício da sociedade», vincando que a organização tem «contribuído para promover os ideais escutistas entre os jovens e consolidar a sua formação para a vida». Ricardo Rio recordou que foi em Braga que este movimento nasceu e se espalhou por todo o território nacional, e que estas celebrações sucedem precisamente num «ano riquíssimo para Braga». [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Carla Esteves