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Caminhada solidária demonstra apoio dos bracarenses ao povo ucraniano

Caminhada solidária demonstra apoio dos bracarenses ao povo ucraniano
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Publicado em 02 de fevereiro de 2023, às 09:59

As inscrições podem ser feitas nas sedes da UF de Maximinos, Sé e Cividade e da Associação ASAS.

No próximo dia 11 de fevereiro realiza-se a caminhada “Somos Ucrânia”, que pretende ser mais uma demonstração de apoio do povo bracarense ao ucraniano que, particularmente desde fevereiro do ano passado, tem enfrentado uma guerra após a invasão da Rússia. Com início às 14h00, a iniciativa, organizada pelo Centro Social e Cultural Luso Ucraniano, tem como ponto de partida e chegada o Rossio da Sé. O percurso ainda não está totalmente definido e será divulgado em breve. No final, tem lugar uma oração pelo povo ucraniano, na presença do Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, e do padre ortodoxo Vasyl Bunzyak. A participação implica um custo de quatro euros que reverte para a causa. Esta caminhada conta com o apoio e o envolvimento de várias entidades. Na apresentação da mesma, o presidente da União das Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, que se associou, começou por lembrar que «a solidariedade não escolhe credo nem partidos políticos», sendo a única inspiração «a solidariedade humana». «Tudo o que se possa fazer por este povo é pouco», considerou Luís Pedroso. O presidente da associação organizadora, Abraão Veloso, destacou os objetivos desta ação. Desde logo, «manter o povo português ligado a esta causa» e «lembrar que a guerra continua». «Todos os dias morrem pessoas [por causa da guerra] e isso não é normal no século XXI», lamentou. O cónego Manuel Joaquim também marcou presença na apresentação desta caminhada,em representação da Arquidiocese de Braga, que também se associa à causa desde o primeiro momento. «Aqui há só a dignidade da pessoa humana. As televisões trazem até nós um pouco do que se sabe porque não imagino o drama pessoal de quem se debate com uma situação destas, com um futuro sem perspetiva», referiu. O cónego Manuel Joaquim aproveitou ainda para agradecer a oportunidade dada à sociedade bracarense «para uma vez mais olhar para o que nos é comum, que é a mesma e única sublime dignidade humana». «A nossa Igreja de Braga congratula-se com esta inciativa e estamos de coração aberto e em sintonia com o que se está a fazer», disse. O padre Vasyl Bundzyak explicou o que esteve por detrás da escolha do nome da caminhada: “Somos Ucrânia” e porque não foi dado lugar à palavra “paz”, pela sentido que algumas organizações lhe têm dado. «Há organizações de esquerda que usam o argumento de não apoiar a Ucrânia com armas para que se mantenha a paz, como se nós não nos pudéssemos defender», esclareceu. Aproveitou ainda para agradecer aos bracarenses por toda a solidariedade demonstrada para com o seu povo. Da parte da ASAS – Associação Social Acreditar e Sonhar, Marta Oliveira explicou a adesão a esta iniciativa com o facto de se ajustar à missão da entidade. «A ASAS foi criada em 2021 para dar resposta a situações de emergência social e quando soubemos desta iniciativa, e tendo nós já criado o Gabinete de Apoio ao Imigrante, vimos que teríamos condições de adicionar as nossas forças para sensibilizar a sociedade e encontrar uma solução para este problema tão urgente», disse. A par desta caminhada, o Centro Luso Ucraniano vai organizar outra, denominada “Artistas solidários”, que pretende juntar um conjunto de obras para serem leiloadas e, se possível, realizar uma exposição.
Autor: Rita Cunha