A Câmara Municipal de Braga vai reunir esta semana com responsáveis pelos Transportes Urbanos de Braga (TUB), técnicos da Universidade do Minho e juntas de freguesias abrangidas pela intervenção na rua Nova de Santa Cruz no sentido de averiguar o andamento das obras e apurar se há a necessidade de proceder a alguma alteração do projeto.
A informação foi avançada pelo presidente da autarquia, ontem, à margem da reunião do Executivo Municipal. Em causa está a circulação de autocarros, nos dois sentidos, junto à rotunda da Universidade do Minho, numa faixa de rodagem com quatro metros de largura.
A intervenção tem suscitado críticas diversas, a mais recente por parte do vereador da CDU, Carlos Almeida, que no passado sábado visitou o local, tendo constatado que «o principal motivo da empreitada – resolver os problemas de mobilidade – não vai ser assegurado». Motivo pelo qual solicitou à Câmara Municipal que avalie a situação ainda no decorrer das obras, de modo a poder corrigir atempadamente o projeto que só um «milagre» poderá viabilizar.
«Estamos a falar de uma via que não tem quatro metros de largura e não é viável que dois autocarros se cruzem», disse, destacando como positivo o alargamento dos passeios, que dão primazia ao peão e como negativa a falta de estacionamento alternativo.
O vereador da CDU lamenta ainda o facto de esta obra não contemplar o atravessamento para a rua D. Pedro V, através da Avenida Padre Júlio Fragata.
Ricardo Rio, por seu turno, salientou que «do ponto de vista político não existe a intenção de tirar os dois sentidos aos transportes urbanos».
Sobre o estacionamento, adiantou «não fazer sentido» aumentá-lo quando o propósito da intervenção é promover a mobilidade. «Quando se fala de mobilidade fala-se de redução do trânsito automóvel», lembrou Ricardo Rio.
O edil adiantou ainda que, antes de executar o projeto, este foi testado em laboratório e, depois de se encontrar no terreno, será monitorizado.
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