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Câmara já equaciona a venda da antiga "fábrica Confiança"

Câmara já equaciona a venda da antiga "fábrica Confiança"
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Publicado em 24 de janeiro de 2017, às 10:48

O presidente da Câmara Municipal de Braga assumiu ontem que não há dinheiro para concretizar o projeto que foi elaborado para o edifício da antiga "fábrica Confiança". Rio revelou que já recebeu várias propostas de compra do imóvel e fez saber que a vend

As propostas para aquisição do imóvel que o Município de Braga expropriou com «caráter de urgência» em 2012 para criar um centro cultural e de oficinas criativas são várias e «uma delas é de valor superior aos que a Câmara Municipal de Braga pagou» ao antigo proprietário. A revelação foi feita ontem pelo presidente da autarquia bracarense, à margem da reunião camarária de ontem.

«Confirmo que recebemos várias propostas para a aquisição do imóvel», disse aos jornalistas Ricardo Rio, depois dos vereadores do Partido Socialista terem avançado que havia investidores privados em comprar o prédio urbano que custou 3,5 milhões de euros aos cofres municipais. 

Ricardo Rio foi mais longe que o socialista Hugo Pires e precisou que um dos vários interessados em comprar o imóvel «já fez uma segunda proposta de compra, por um valor superior ao que a Câmara pagou» pela antiga fábrica, no processo que foi concretizado na fase final do último mandato do socialista Mesquita Machado.

Rio não esconde que a alienação do imóvel pode ser a solução. É que o projeto de reabilitação da antiga fábrica, com a criação de unidades culturais e criativas não entrou no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano. 

Não há, por isso, financiamento comunitário para o projeto que saiu do concurso público de ideias lançado ainda em 2012 e que esteve na origem do "aval" da Direção-Geral das Autarquias Locais à expropriação do prédio.  

Espaço comercial pode ser a solução

Rio salientou que nos cofres municipais «não há dinheiro» para que seja o município a avançar com a empreitada. «Por isso, se os argumentos dos possíveis compradores forem válidos e não conflituarem com os projetos de requalificação que a Câmara tem para aquela área, a venda poderá ser a solução», antecipa o chefe do executivo. 

O chefe do executivo municipal sublinhou que caso prevaleça o cenário da venda da antiga fábrica, o município de Braga vai colocar o edifício em hasta pública, para que seja vendido pelo valor mais alto. «Essa alienação, a concretizar-se, será um apoio ao projeto de reabilitação de toda aquela área», afirmou Ricardo Rio. O autarca vincou que as propostas de compra são assumidas por investidores que pretendem concretizar projetos ligados às áreas do comércio e dos serviços.


Autor: Joaquim Martins Fernandes/ Fotografia: Arquivo DM