Em nota de imprensa, o Município liderado pela coligação de direita refere que a Câmara «não foi, até ao momento, notificada pelo Tribunal, desconhecendo o teor da Providência Cautelar em questão».No entanto uma alegadainterposição desta Providência Cautelar não constitui qualquer surpresa para a Câmara visto que « já tinha sido anunciado o recurso à via judicial pelos cidadãos que se opõem à venda deste imóvel» Segundo o Município bracarense, a aceitação desta Providência «é um acto administrativo que não envolve qualquer análise do mérito da mesma ou dos argumentos aí vertidos», que serão «naturalmente contestados pelo Município após a referida notificação». «A Câmara Municipal concretizará o processo de alienação logo que tal lhe seja possível», concluí a mesma nota. No entanto Cláudia Sil afirmou à Lusa que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga aceitou uma providência cautelar interposta por um grupo de cidadãos "para travar" a hasta pública da antiga saboaria Confiança, informou hoje a plataforma criada para "salvar" o imóvel. Membro da Plataforma Salvar a Confiança, Claudia Sil, considerou que a aceitação daquela medida judicial é "uma batalha ganha", mas salientou que "o caminho ainda vai ser longo" para conseguir impedir que a autarquia de Braga venda a antiga fábrica de sabonetes, que tem como preço base 3,8 milhões de euros. A hasta pública da antiga saboaria Confiança está marcada para o dia 20.

Autor: Nuno Cerqueira