twitter

Braga viveu com entusiasmo primeiras horas da Noite Branca

Braga viveu com entusiasmo primeiras horas da Noite Branca
Fotografia

Publicado em 02 de setembro de 2017, às 10:24

Instalações, exposições, visitas e atividades marcam arranque da festa

Braga viveu ontem uma tarde intensa, dividida entre a fruição das atividades iniciais  do programa cultural da Noite Branca e os derradeiros preparativos para a primeira grande noite, desde a decoração das ruas e espaços comerciais à acústica para os concertos de Aurea, Mariza, Osso e Orelha Negra.

Um pouco por toda a cidade viu-se e "respirou-se" branco ao longo de toda a tarde e noite, desde os espaços públicos ao comércio local, que aderiram em força ao convite da autarquia bracarense.

No Largo do Paço, no Rossio da Sé e na Rua de Janes as instalações permanentes convidavam a uma visita, e embora a maior parte das atividades deste primeiro dia estivessem programadas para depois das 18h00, durante a tarde foi já possível para os mais ansiosos participar em algumas iniciativas de caráter cultural.

Na Casa dos Crivos a mostra de filmes "Stop/ /Play", produzidos pelos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (UMinho) em 2016 e 2017, convidava a parar e refletir, entre o reboliço da atividade.

Organizados numa sequência contínua com a duração total de cerca de 30 minutos, estas obras resultam do envolvimento do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da UMinho com a candidatura Media Arts.

Ainda durante a tarde, a paragem fez-se pela Biblioteca Pública de Braga, que ultrapassando as expetativas, recebeu quase três dezenas de participantes para uma visita guiada que deu a conhecer os espaços mais secretos  de uma casa que nem todos os bracarenses conhecem.

Desde a Sala de Leitura ao Depósito de História e Geografia, passando por tantos outros locais, como o Salão Medieval Superior ou o Depósito dos Jornais, a Biblioteca Pública tornou-se um local inesperado para este arranque da Noite Branca.

Um pouco mais abaixo, no Museu da Imagem, a oferta passa pela exposição "Art Map – Pensar barroco", passando por séries fotográficas e colagens digitais. 

Mas quem verdadeiramente convida os passantes a entrar e sugere o mote para a visita é um antigo   "fotógrafo à la minute", que conquista os olhares embevecidos das crianças com o seu tradicional adereço do cavalinho.  

Pedro Alpoim, diretor do Museu da Imagem, esclareceu ao Diário do Minho, que se trata de uma atividade ministrada pelo Luís Fotógrafo, que há cerca de 40 anos trabalha no Sameiro e no Bom Jesus.

«À entrada temos também disponíveis duas fotografias em tamanho humano, em que as pessoas se podem deixar fotografar. Ambas as fotografias fazem parte do nosso espólio, quer do Arquivo Confiança, quer do Arquivo da Casa Pelicano», afirmou, acrescentando que se trata de «uma forma das pessoas tomarem contacto com o trabalho realizado no museu, quer na divulgação, quer na preservação deste espólio bracarense».

Ainda durante a tarde também o Museu Pio XII abriu as portas a crianças e adultos para duas visitas orientadas, a primeira das quais culminou numa atividade infantil.

Os Laboratórios Poéticos, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, constituíram outra proposta cultural para crianças e acompanhantes.

Contudo, quer no que respeita ao programa artístico, quer quanto ao espaço infantil e às atividades em museus e edifícios históricos, foi com o arrancar da noite, a partir das 19h00, que as portas mais frequentemente se abriram, dando a conhecer um mundo cheio de oportunidades culturais, que se estenderam por espaços tão diversos como os museus da cidade, o Theatro Circo, o GNRation e a própria via pública, num incessante convite à vivência em plena destas duas noites e três dias da maior Noite Branca de Portugal. 

  


Autor: Carla Esteves