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Braga: Francisco Mota assume o lugar de Lídia Dias na vereação da Câmara

Braga: Francisco Mota assume o lugar de Lídia Dias na vereação da Câmara
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Publicado em 01 de setembro de 2021, às 22:40

«E mais, não saio “dispensada” como alguns pasquins indicam ou por “más relações”. É verdade que, quem me conhece, sabe que não faço fretes e muito menos vou contra aquilo em que acredito».

A vereadora com os pelouros da Educação e Cultura na Câmara de Braga, Lídia Dias, apresentou na terça-feira a sua renúncia ao mandato, anunciou hoje o município. Para seu lugar, e na ordem de sucessão, sobe Francisco Mota, ex-líder da Juventude Popular e que, apesar de ficar sem pelouros, já assumiu agenda com esta a começar por visita aos Bombeiros de Braga. Em comunicado, o município acrescenta que, nos termos da lei, a renúncia apresentada “deverá ser formalmente aceite” pelo executivo na próxima reunião camarária, marcada para 13 de setembro. Nesse momento, iniciará funções o candidato seguinte da lista da coligação Juntos por Braga indicado pelo CDS-PP, Francisco Mota, enquanto vereador sem pelouro. Os pelouros até aqui a cargo de Lídia Dias transitarão, até final do presente mandato, para a vice-presidente, Sameiro Araújo, no caso da Educação, e para o presidente, Ricardo Rio, no caso da Cultura. Lídia Dias estava a cumprir o segundo mandato no executivo de Braga, mas desde setembro de 2020 que as divergências com o edil e gestão desta afastava os dois autarcas. Nas redes sociais, Lídia Dias afirmou que a decisão já havia sido comunicada em setembro de 2020 «quem de direito». «Saio tranquila e, sobretudo, com a certeza de dever cumprido. E mais, não saio “dispensada” como alguns pasquins indicam ou por “más relações”. É verdade que, quem me conhece, sabe que não faço fretes e muito menos vou contra aquilo em que acredito. Saio porque os projetos deixaram de fazer sentido, saio porque não queria mais estar com as pessoas desses projetos», afirma. A ex-vereadora destaca mesmo que sai «grata às pessoas de bom coração», mas também desiludida com outras. «Era consciente disso mesmo, só não sabia que podia ser com uma dimensão tão imensa. Efetivamente , não somos todos iguais. E ainda bem. E o quão feliz estou por me libertar dos problemas que teimosamente não se resolviam. Esta libertação tem uma parte dolorosa de estar consciente do que não foi feito, não por falta de empenho meu mas porque teimosamente haverá coisas que só se resolverão quando interessar ou der jeito», apontou. Já o seu substituto, Francisco Mota, frisa que «é o culminar de um percurso político que me honro de servir as nossas gentes e a nossa terra». «Pelos valores da lealdade, gratidão e solidariedade sempre mantive um compromisso de dedicação e entrega inegável», destaca. «É apenas por pouco mais de um mês, mas poderia ser por um dia, valeria sempre a pena, porque tudo vale a pena quando é por Braga e por aquilo em que acreditamos convictamente (...). Quanto a mim quis a ironia do destino, mesmo que no final do mandato assumisse este lugar em nome do CDS que não me quis num passado recente como candidato a estas eleições autárquicas. Ainda assim, em nome do meu partido assumirei este compromisso, sob um olhar atento e fiscalizador da actividade do executivo municipal», deixou como recado.
Autor: Redação