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Braga é a terceira cidade do país no público em espetáculos ao vivo

Braga é a terceira cidade do país no público em espetáculos ao vivo
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Publicado em 21 de agosto de 2017, às 14:48

Theatro Circo é a casa por excelência para a realização dos espetáculos culturais ao vivo na cidade de Braga

Os números foram publicados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos na base de dados PORDATA. Os dados reportam-se ao período de 2000 a 2015 e fazem saber que o concelho de Braga registou 1 milhão 170 mil e 24 espectadores nas 546 sessões culturais e artísticas ao vivo, que se realizaram ao longo de 2015.

À frente da "cidade dos Arcebispos", na afluência às sessões ao vivo, ficam apenas os concelhos de Lisboa e do Porto, com 1 milhão 813 mil 414 e com 2 milhões 315 mil 582 espetadores por espetáculo, respetivamente. 

Mas em Braga, a audiência média  por sessão ao vivo fica muito acima dos rácios das duas maiores cidades portuguesas.

A cidade do Theatro Circo regista uma afluência de 2143 espectadores por sessão ao vivo, enquanto que a cidade sede do Teatro Nacional S. João regista um média de 546 espectadores por espetáculo ao vivo.

Na capital do país, as sessões ao vivo não enchem o Teatro Nacional D. Maria II e cada espetáculo regista uma afluência média de 301 espectadores.

Embora os dados avançados na PORDATA não tenham indicadores objetivos relativamente ao número de espetáculos pagos e de acesso grátis, a conjugação do número de espectadores com as receitas de bilheteira e o número de bilhetes vendidos sinaliza que a esmagadora maioria das sessões ao vivo teve entrada gratuita.

É que para as 546 sessões ao culturais e de lazer que mobilizaram 1,2 milhões de espectadores, apenas foram vendidos 38 mil 483 bilhetes.

Cada ingresso teve um custo médio inferior a 10 euros, revelam os números avançados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, ao precisar que as receitas de bilheteira ficaram nos 378,7 milhares de euros. 

As receitas totais de bilheteira contabilizadas para os espetáculos ao vivo realizados em Braga colocam a capital minhota na décima quinta posição do "ranking" da receita gerada pela bilheteira.

À frente da terceira cidade do país no número de espectadores ficam cidades como Lisboa, Porto, Oeiras, Odemira, Coimbra, Matosinhos, Guimarães, Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira.

No que respeita aos recintos culturais para a realização de espetáculos ao vivo, os dados publicados na base de dados da PORDATA dão conta que a capital minhota ocupa uma mediana 35.ª posição, com apenas dois recintos culturais de raiz vocacionados para a realização de espetáculos de teatro, de música, de dança ou outros.

Trata-se, no entanto, de uma evolução face ao ano de 1999, data em que a "terceira cidade do país" não dispunha de nenhuma sala.

Pormenores

Receitas de bilheteira dos espetáculos ao vivo realizados em Braga cresceram de 5801 euros, em, 2003, para 38 mil 483 euros, em 2015, e correspondem à décima segunda posição do "ranking" nacional.

A lotação máxima do recintos culturais existentes na cidade de Braga é de 1676 espectadores, ocupando a capital minhota a vigésima quarta posição entre os 308 municípios portugueses.

Maior investimento da Câmara de Braga na cultura registou-se em 2012, ano em que os cofres municipais deram mais de 17 milhões de euros ao setor. Foi o terceiro município do país que mais investiu na área cultural.

 


Autor: Joaquim Martins Fernandes