O pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Braga procedeu ontem à entrega de prémios relativos ao "Concurso Escola Mais Verde" às escolas vencedoras.
A iniciativa contou com a participação de 21 escolas do concelho, entre jardins de infância e escolas do primeiro, segundo e terceiro ciclos, que mais do que o prémio, levaram consigo para casa um verdadeiro contributo no que respeita à vertente pedagógica e à educação ambiental.
Foi nos Claustros do Edifício do Pópulo que os representantes das escolas se concentraram, ontem de manhã, para receber, das mãos do vereador do Ambiente, Altino Bessa, o ansiado prémio. Desde carrinhos de mão a mangueiras, passando por diversos utensílios agrícolas, foram atribuídas diversos prémios.
Altino Bessa realçou que «o importante não é premiar» e que «não se trata de valorizar quem fica em primeiro ou segundo lugares, «embora seja importante que os professores apresentem cada vez um maior número de trabalhos, com mais preocupações ambientais, como a compostagem de produtos e a utilização de água que não seja da companhia, de preferência».
«Esses fatores são sempre de valorizar e são eles que marcam a diferença entre os vários lugares que são atribuídos nos vários prémios nos diversos escalões, quer nos jardins de infância, quer no primeiro e segundo ciclos», afirmou.
De acordo com Altino Bessa «nao é tanto a valorização dos espaços que está em causa, até porque há escolas que têm melhores condições físicas, mas a mensagem que se consegue passar ao maior número de crianças possível, e posteriormente a mensagem que é transmitida em casa», afirmou.
Seca tem de ser uma preocupação
Lembrando que se aproxima uma época de seca e que a água é primordial para o ser humano, Altino Bessa aproveitou a ocasião para sensibilizar os bracarenses para o facto de que a manutenção dos jardins obriga a um gasto enorme de água potável, e que é importante não exagerar nos gastos e respeitar o ciclo natural das plantas, inclusivamente da relva.
«Ao longo dos anos ter-se-á que educar as pessoas para que percebam que há ciclos das espécies e a própria relva tem um ciclo. A água tem custos de milhares de euros e um grande custo ambiental, por isso tem de ser bem utilizada».
Hortas Urbanas têm procura crescente
Altino Bessa realça que as hortas comunitárias urbanas têm tido uma procura crescente e só não têm crescido em número devido à inexistência de mais espaços de proximidade, além dos já existentes não terem habitualmente por onde crescer.
«Somos mais apologistas deste tipo de hortas urbanas de proximidade do que aquela que foi feita em Tibães e que custou 240 mil euros e onde as pessoas têm dificuldade em deslocar-se. E do ponto de vista ambiental andam a gastar combustível para ir à horta porque os utilizadores maioritários são da cidade. Mas faltam espaços para mais hortas de proximidade», disse.
Escolas premiadas
Na Modalidade Escola Vertical- Escalão 1- Jardins de Infância, o 1º Prémio foi atribuído ao JI de Trandeiras, e o segundo ao JI de Aveleda. Na Modalidade Horta Convencional, no mesmo escalão, foram atribuídos prémios ao JI do Centro Cultural de Santo Adrião (1.º), ao JI de Garapôa – celeirós (2.º) e ao JI de Frossos (3.º).
No Escalão 2, Escolas Básicas, a EB1 do Bairro da Misericórdia angariou o 1.º Prémio, tendo o 2.º sido atribuído à EB1 de Trandeiras, o 3.º à EB de Aveleda e à Associação de Paralisia Cerebral de Braga (APCB).
Na Modalidade Horta Convencional, neste escalão, o 1.º prémio foi para a Ass. de Pais e Encarregados de Educação da EB1 de Ponte Pedrinha e o 2.º para a EB1 de Cruz.
Em Horta Vertical, Escalão 3, o 1.º Prémio foi atribuído à EB 2,3 de Tadim, e em Horta Convencional foram para: EB 2,3 de Celeirós (1.º); EB 2,3 de Lamaçães (2.º); Externato Infante D. Henrique (2.º); EB 2,3 de Real (3.º); Centro D. João Novais e Sousa (3.º) e EB 2,3 de Nogueira (3.º). O Prémio Complementar de Resíduos foi para a EB 2,3 de Gualtar.
Autor: Carla Esteves