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Braga Barroca conquista bracarenses e turistas

Braga Barroca conquista bracarenses e turistas
Fotografia

Publicado em 24 de setembro de 2017, às 09:39

A cidade de Braga recuou ontem a julho de 1741, revivendo um dos períodos mais marcantes da sua história. A entrada triunfal do arcebispo D. José de Bragança foi o ponto alto do dia.

Foi debaixo de uma intensa salva de palmas que Braga assistiu ontem à chegada do arcebispo D. José de Bragança, durante uma encenação setecentista inserida na programação da Braga Barroca que, uma vez mais, conquistou os bracarenses.

Antes do início do cortejo, junto ao Arco da Porta Nova, discursou o vereador mais velho que, na altura, representava a Câmara Municipal. Imediatamente a seguir, e depois de receber os aplausos, membros do clero, da nobreza e do povo integraram o desfile pelas principais artérias de Braga, com paragens para momentos-chave como a entrega das chaves da cidade e dos símbolos do poder.

Durante o percurso, foram muitos os que aproveitaram para interagir com os personagens, todos eles trajados a rigor, e de captarem o momento com as máquinas fotográficas ou telemóveis.

Tal adesão leva a vereadora do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga a considerar que este cortejo é já uma tradição na cidade, conquistando cada vez mais bracarenses e não só. «Nestes quatro anos, notamos uma cada vez maior adesão da população, mesmo de pessoas que querem participar no cortejo, e isso deixa-nos muito felizes», explicou Lídia Dias.

A presença das escolas e associações neste evento é também cada vez mais uma constante, assim como de professores que contactam a autarquia para participarem nas diversas visitas-guiadas integradas na programação.

As próprias visitas aos espaços patrimoniais da cidade têm registado uma afluência bastante positiva, algumas delas com lotação esgotada, como foi o caso do Sermão de Santo António aos Peixes, que se realizou na igreja da Misericórdia.

«Deixa-nos satisfeitos saber que as pessoas aderem, o que demonstra que estamos a trabalhar da melhor forma», realçou a vereadora.

Este cortejo, bem como toda a programação da Braga Barroca, remeteu para o ano de 1741, um período importante na cidade. O arcebispo D. José de Bragança foi filho ilegítimo do rei D. Pedro II e irmão bastardo de D. João V. A ele se devem as influências barrocas na cidade de Braga e, concretamente, a construção de obras do arquiteto André Soares, como o atual edifício onde funciona a Câmara Municipal de Braga.

No desfile participaram cerca de 150 figurantes e coletividades como a Equipa Espiral, a Nova Comédia Bracarense, o Tin.Bra e o Grupo Folclórico da Universidade do Minho, entre outras. A parte musical ficou a cargo da Sinfonieta de Braga.


Autor: Rita Cunha/Fotografia: Avelino Lima