Um bosque composto por três dezenas de árvores oriundas de vários países parceiros do programa de intercâmbio Erasmus foi, ontem de manhã, inaugurado na Universidade do Minho (UMinho), em Braga.
O "Bosque Erasmus", que conta com um segundo espaço verde situado no campus de Azurém, em Guimarães, assinalou «com dignidade» o arranque das comemorações do 30.º aniversário de um programa que vai ao encontro do objetivo de «tornar Braga uma verdadeira cidade intercultural».
A inauguração deste bosque contou com a presença do reitor da UMinho, António Cunha, e do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, que fez questão de marcar presença numa iniciativa que celebra «um programa muito enriquecedor, não só para a Universidade, mas também para a cidade».
«Nós temos, quer com a equipa reitoral, quer nomeadamente com o Erasmus Network, estabelecido várias colaborações ao longo de todo este mandato, de forma a potenciar a integração desses mesmos alunos, em benefício da cidade, aproveitando a sua presença no nosso concelho. E julgo que temos sido francamente bem sucedidos neste objetivo», adiantou.
Além desta, o autarca salientou mais duas razões fundamentais que levaram à sua presença no evento, nomeadamente a iniciativa em si mesma, quer pelo seu cariz ambiental, quer pelo «esforço que tem sido feito pela universidade para tornar as suas instalações e toda a sua envolvente cada vez mais agradável para toda a comunidade».
Ricardo Rio destacou, sobretudo, aquilo que o programa tem trazido à cidade «dentro do nosso objetivo de sermos uma verdadeira cidade intercultural», e à semelhança de outros programas geridos pela UMinho, «tem propiciado trazer a Braga tantas e tantas culturas, tantas e tantas nações, tantas e tantas realidades que mais enriquecem a nossa vivência diária».
Já o reitor da UMinho, António Cunha, salientou a importância que o Erasmus tem tido para a própria academia minhota, sobretudo «pelas ligações que estabelece» e «pelo modo como dá a conhecer a universidade» e a própria cidade «ao apresentá-la e ao fazer com que nela vivam estudantes de diferentes partes da Europa, e hoje, felizmente, de diferentes partes dos mundo».
António Cunha defendeu ainda o valor do programa no contexto europeu, considerando-o como «um dos mais importantes programas da construção europeia, tendo contribuído para alterar ou modificar toda uma geração».
A título de exemplo, António Cunha mencionou os “filhos do Erasmus”, uma geração resultante de um cruzamento de estudantes de vários países que se uniram nas diversas universidades onde estiveram».
«O Programa Erasmus é certamente um momento para afirmarmos a importância da Europa como construção pacífica de um continente que tem de encontrar o seu caminho político, que tem de passar pela paz, pois só essa pode assegurar o nosso futuro», concluiu.
"Bosque Erasmus" integrado no futuro arranjo do parque central do campus
António Cunha esclareceu ontem que o "Bosque Erasmus" constitui também mais uma oportunidade para ajudar ao processo de embelezamento do Campus de Gualtar, uma vez que este novo espaço verde se encontra totalmente integrado naquilo que será o futuro arranjo do parque central do campus.
«Este espaço está totalmente articulado com um projeto que estamos a trabalhar com uma equipa de arquitetos daquilo que será todo o enquadramento desta zona central, que será o parque central do campus», esclareceu o reitor da UMinho, acrescentando que «esse parque central do campus será um grande espaço verde, de convívio e de cruzamento entre as zonas a este, a oeste e a norte do campus».
António Cunha realçou ainda que a ideia da construção do "Bosque Erasmus" partiu da pró-reitora Carla Martins e do grupo do serviço de Relações Internacionais.
No início da cerimónia coube, precisamente, a Carla Martins esclarecer que a inauguração do bosque marca o arranque de um programa que se estende até ao final do ano, com várias iniciativas.
Revelou também que além das árvores foi enterrada no local uma cápsula do tempo, contendo o convite para a inauguração, a primeira página dos jornais do dia, um mapa do campus de Gualtar, o hino da UMinho e «mais importante», as mensagens dos nossos alunos Erasmus acerca da experiência do programa na UMinho.
Autor: Carla Esteves