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BE denuncia atrasos e adiamentos nas consultas de otorrino no Hospital de Braga

BE denuncia atrasos e adiamentos nas consultas de otorrino no Hospital de Braga
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Publicado em 13 de julho de 2018, às 09:00

A 30 de novembro de 2017 havia 3516 pessoas a aguardar atendimento de otorrinolaringologia.

O BE denunciou «atrasos e adiamentos sucessivos» nas consultas de otorrinolaringologia no Hospital de Braga, considerando a situação «inadmissível» pelo que questionou o Governo sobre que medidas pretende tomar para garantir o atendimento atempado aos utentes daquela unidade. Numa pergunta hoje dirigida ao ministério da Saúde, os deputados bloquistas Pedro Soares, Moisés Ferreira e Jorge Falcato salientam que o Hospital de Braga, gerido em Parceria Publico Privada (PPP) com o grupo Mello Saúde, de acordo com o sítio na internet com os tempos médios de espera, «no dia 30 de novembro de 2017, havia 3516 pessoas a aguardar atendimento de otorrinolaringologia no Hospital de Braga, sendo o tempo de espera de 216 dias, ou seja, mais de sete meses». Os bloquistas explanam que aquele «número avassalador acrescem ainda 59 doentes prioritários e 225 que aguardam atribuição de prioridade» e que «no que concerne a pessoas aguardando cirurgia de otorrinolaringologia, o cenário não é mais animador: a 30 de novembro de 2017, estavam 1462 pessoas a aguardar cirurgia, às quais acrescem 18 prioritárias e 4 doentes oncológicos, que teriam que aguardar respetivamente, 35 e 22 dias». Segundo aqueles números, refere o texto, «já em novembro de 2017 o Hospital de Braga se encontrava em incumprimento face ao tempo máximo de resposta previsto na legislação que estabelece em 150 dias o tempo máximo de resposta para consulta».
«Não se compreende nem se pode aceitar esta situação. O Hospital de Braga tem que obrigação de prestação de cuidados aos utentes. Não é aceitável que os utentes estejam meses a guardar a marcação de consultas que são sucessivamente adiadas», salientam os três deputados.
Como exemplo, os parlamentares apontam o caso de um utente que «tinha consulta marcada para maio de 2018, sendo que a consulta foi adiada não tendo sido remarcada» e que «quando a pessoa contactou o hospital, foi-lhe dito que não havia previsão de marcação de nova data, tendo-lhe sido sugerido que se dirigisse ao serviço de urgência se a situação se complicasse». Outro exemplo apontando refere-se a uma utente que necessita realizar uma ressonância magnética para ser analisada na consulta de otorrinolaringologia: «A consulta foi sucessivamente desmarcada. Contactado o serviço de imagiologia onde a ressonância também ainda não foi agendada, foi-lhe dito que a marcação só era efetuada após a consulta de otorrinolaringologia estar marcada», explica o comunicado. Assim, os deputados bloquistas questionam o Governo e o gestor da PPP têm conhecimento dos atrasos no serviço de otorrinolaringologia e «que medidas foram ou estão a ser desencadeadas» para fazer face aos atrasos. O bloco quer ainda saber «quantas pessoas aguardam atualmente consulta no serviço de otorrinolaringologia» e «quantas já ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido». Entre outras questões, o Bloco de Esquerda pergunta ainda o ministério de Adalberto Campos Fernandes «quantos otorrinolaringologistas deveria ter o serviço de otorrinolaringologia» e «quantos tem atualmente».
Autor: Redação