O delegado do BE à Assembleia de voto de Maximinos, em Braga, apresentou hoje um protesto contra o que considerou ser uma «tentativa de persuasão» por elementos daquela junta de freguesia ao «encaminhar» os eleitores para as urnas.
Em declarações à Lusa, Jorge Vilela explicou que estavam elementos da Junta de Freguesia, afeta ao CDS, à porta do edifício a «receber e encaminhar» quem lá chegava, tendo mesmo visto casos em que «tiraram das mãos os cartões de cidadão» dos eleitores e os «acompanharam até às urnas».
Confrontado com estas acusações, o presidente da junta, Luís Pedroso, considerou aquelas acusações de «inqualificáveis» e que só «podem ser feitas por quem não conhece a realidade», tendo em conta as «alterações de mesas e locais» neste ato eleitoral.
«Eu apresentei primeiro um voto oral, em que pedi ao senhor presidente da Junta que não continuasse a ter aquela atitude, que é recorrente, e que ia além dos serviços a que os elementos da junta estão adstritos. Como ele continuou, liguei para a Comissão Nacional de Eleições (CNE) que me disse para apresentar um protesto por escrito», explicou Jorge Vilela.
Segundo o delegado àquela mesa de assembleia de voto, «o presidente sabe que a presença dele ali tem um efeito, é natural que tenha, pelo que ele não devia ter este tipo de comportamentos».
Em resposta, Luis Pedroso disse à Lusa «saber bem o lugar» que ocupa: «Eu estava a encaminhar os eleitores para as respetivas meses e secções corretas, alguns dos nossos eleitores já têm idade, não sabiam que basta o cartão de cidadão e estavam como que perdidos», explicou.
Para o autarca «numa altura em que a democracia está já consolidada pensar que a presença de alguém vai condicionar o voto de um eleitor só pode vir de alguém que não conhece a realidade».
Autor: Redação/Lusa
BE apresenta queixa contra presidente da Junta de Maximinos, em Braga

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Publicado em 06 de outubro de 2019, às 15:25