400 trabalhadores do INL em Braga vão trabalhar para casa

Os cerca de 400 trabalhadores do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, vão trabalhar a partir de casa para "promover o isolamento voluntário" e "contribuir para inviabilizar a possibilidade contágio" do Covid-19, anunciou hoje a instituição. Em comunicado enviado à Lusa, o INL adianta que a medida começa a ser implementada segunda-feira e que esta é uma "medida interna de reforço" dentro das que o instituto "tem vindo a adotar desde o final de janeiro para fazer face ao novo coronavírus. Assim, a partir de segunda-feira, "até indicação em contrário, todos os cerca de 400 colaboradores do INL vão trabalhar a partir de casa, limitando as deslocações ao Laboratório, em Braga, e a outros locais ao mínimo essencial", lê-se no texto. O INL criou ainda uma "Comissão de Risco COVID-19, que está a avaliar a situação em permanência e a assegurar o cumprimento das medidas entretanto determinadas, entre as quais o cancelamento de eventos e visitas de escolas, evitar a aglomeração de pessoas em reuniões com participantes internos e externos e optar pela utilização de ligações remotas através de meios digitais, para além de lavar as mãos com frequência e evitar o contacto físico". As viagens feitas a abrigo da instituição, onde trabalham pessoas oriundas de 40 países, foram canceladas e "todos os colaboradores permanecem em quarentena nas respetivas casas por 14 dias após o eventual regresso de áreas identificadas como sendo de risco, ou que tenham estado em contacto com pessoas nessa situação". Estas e outras medidas, entretanto em vigor, vão manter-se por tempo indeterminado, informando ainda que "até à data não há qualquer caso" de Covid-19 entre s colaboradores do INL. "Estas medidas preventivas estão focadas na sociedade em geral, e na salvaguarda dos colaboradores do INL em particular, assumindo-se como o nosso compromisso no sentido de contribuir para o distanciamento social e ser parte da solução global para uma situação de saúde pública tão complexa como exigente", refere no texto o diretor-geral do INL, Lars Montelius, O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.100 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.
Autor: Redação / NC