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D. José Cordeiro indica Asilo de S. José como inspiração no cuidado ao próximo

D. José Cordeiro indica Asilo de S. José como inspiração no cuidado ao próximo
Fotografia DM

Carla Esteves

Jornalista

Publicado em 01 de abril de 2025, às 16:19

Arcebispo de Braga celebrou a eucaristia dos 175 anos da instituição

O Arcebispo de Braga considerou o Asilo de São José uma inspiração no cuidado ao próximo. D. José Cordeiro falava hoje durante a homilia de celebração dos 175 anos desta instituição bracarense com longa tradição no acolhimento e prestação de cuidados às pessoas idosas.

Durante a celebração, D. José Cordeiro afirmou que «estar aqui, neste lugar, que habitualmente chamamos de “Teresinhas”, e pelo seu passado, ligado ao Carmelo, à espiritualidade de Teresa de Ávila e João da Cruz, somos também convidados a centrar o nosso coração em Deus, nessa confiança total, porque só Deus basta».

«Ao vir aqui e olhar para estes testemunhos, somos motivados a caminhar, a converter, a transformar o coração com a celebração da Eucaristia, a adoração eucarística, a oração pessoal e comunitárias que aqui se fazem, mas também com as mãos arregaçadas, sujá-las, para lavar, para curar, para cuidar», afirmou.

O Arcebispo de Braga incentivou todos os cuidadores do Asilo de S. José,  e todos os que têm responsabilidade na instituição a sentirem-se «encorajados, motivados, para que juntos, na articulação das várias instituições e serviços, nos sintamos cada vez mais irmãos, cada vez mais humanos, porque nos tempos que correm, precisamos cada vez mais de sentir a presença dos outros, para que, juntos, possamos contribuir para um mundo mais justo, mais fraterno».

Para D. José Cordeiro é, assim importante que « esta presença, aquilo que aqui se vive e experimenta nesta casa, possa irradiar, em gestos de amor, de respeito, de proximidade e de compaixão».

Antes, o Arcebispo de Braga fizera já uma “viagem” no tempo pela História da instituição que foi fundada a 1 de Abril de 1850 pelo comendador Fernando Oliveira Guimarães, sendo governador civil de Braga o Conde de Vila Pouca. Mas só em 1904 o Asilo foi instalado definitivamente no actual edifício, cuja construção seria iniciada pelo ano de 1716 e terminada em 1766.

Nessa viagem histórica, o  Arcebispo de Braga enalteceu também a missão desempenhada pelas religiosas da congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

«Não sendo esta casa uma instituição canónica, tem  católicos que sempre lhe deram o sentido pleno deste cuidado que vai para lá da solidariedade social, e sobretudo a presença das irmãs, ao longo de tantos anos, já que chegou até a ser aqui casa de formação, de encontro, como constatei quando foi a visita pastoral aqui na paróquia de São Vicente», afirmou, recordando que na sua recente visita à Guiné Bissau, o Asilo de S. José foi motivo de conversa com as irmãs da congregação que se encontram em duas casas naquele país.

Patrono S. José é inspiração

Admitindo que «o Amor dá que fazer», D. José Cordeiro sustentou que «tendo como patrono São José, ele faz-se no respeito por aquilo que Deus traça na vida de cada homem, e na liberdade de cuidar de cada pessoa».

Agradeceu, por isso, a existência  entre nós «destas casas complementares ao cuidado da família, e também este amor maior, como dizia Santa Teresa de Calcutá».

«Há muitas pessoas que cuidam dos mais pobres, dos mais idosos, dos que mais precisam, para erradicar a pobreza, por questões de filantropia, de solidariedade, e tudo isso é mais do que positivo, e já isso é suficiente. Mas nós, batizados, nós cristãos, católicos, fazemos também por tudo isso, mas iluminados por Cristo. Fazemos porque Cristo fez, e porque Cristo nos pediu para fazer», afirmou, inspirando a viver da melhor forma o tempo da Quaresma.

Recordando aquilo que testemunhou na sua visita pastoral na Paróquia de S. Vicente,  D. José afirmou que o Asilo de S. José «não é indiferente a este caminho de Páscoa, o caminho de conversão pessoal, pastoral, missionária». e inspirou os presentes à vivência em pleno do tempo da Quaresma.