A Câmara Municipal de Braga divulgou hoje o balanço operacional do Dispositivo Municipal de Incêndios Rurais (DMIR) deste ano e apresentou algumas estratégias para 2025.
A reunião ocorreu na semana passada, e uma das propostas apresentadas foi a de construir um novo ponto de água na zona sudoeste do concelho para apoio a meios aéreos e o reforço de treinos operacionais com as Unidades Locais de Proteção Civil.
A sessão teve início com a intervenção de Altino Bessa, vereador do Município de Braga, na qualidade de presidente da comissão, que destacou os avanços nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais.
O vereador sublinhou os investimentos que têm sido feitos tanto na prevenção - com a constituição de equipa de intervenção rural na Divisão de Proteção Civil e manutenção dos contratos de beneficiação de caminhos florestais e execuções coercivas - como no combate - através da aquisição de meios e equipamentos para a Companhia de Bombeiros Sapadores -, sem descurar o apoio financeiro prestado aos Bombeiros Voluntários de Braga e os protocolos com a Associação Florestal do Cávado e com o Regimento de Cavalaria 6.
A autarquia explicou que em 2024, o município instaurou 156 processos de gestão de combustível, que resultaram na execução de 17,4 hectares de Faixas de Gestão de Combustível (FGC) em torno de edificações. Além disso, foram executados 75,87 hectares da responsabilidade do município e beneficiados 24,03 km de caminhos florestais com o objetivo de promover o acesso e criação de zonas de oportunidade para os meios de combate.
Para as ações de vigilância e 1.ª intervenção, o dispositivo contou com um efetivo de 38 operacionais e 14 viaturas, que realizaram 463 ações contabilizando 2073 horas dedicadas exclusivamente à vigilância florestal, enquanto 187 operacionais foram mobilizados para ações de 1ª intervenção, combate e rescaldo.
Os dados apresentados indicam uma tendência decrescente no número de incêndios e na área ardida desde 2017, evidenciando o impacto positivo das medidas de prevenção. No entanto, entre os dias 13 e 17 de setembro deste ano, o concelho registou 18 ocorrências concentrando 90% da área ardida neste curto período de tempo, que em 2024 se traduziu em cerca de 108 ha de área ardida.
As altas temperaturas, combinadas com baixa humidade e ventos fortes de leste, potenciaram a intensidade dos incêndios, no entanto o investimento nas infraestruturas de defesa da floresta contra incêndio, tais como caminhos florestais e faixas de gestão de combustível, e a rápida resposta dos agentes de proteção civil permitiu o controlo eficiente dos incêndios em 2024.
O Coordenador Municipal de Proteção Civil, Vitor Azevedo, apresentou uma série de ações estratégicas para o próximo ano, das quais se destacam a celebração de contratos para execução coerciva de FGC, a construção de um novo ponto de água na zona sudoeste do concelho para apoio a meios aéreos e o reforço de treinos operacionais com as Unidades Locais de Proteção Civil.
O plano para 2025 também inclui a manutenção de contratos de serviços contínuos para a beneficiação de caminhos e infraestruturas rurais, visando uma maior resiliência do território aos incêndios rurais.
A apresentação do balanço operacional reforçou o compromisso do município em continuar a melhorar a eficácia do seu dispositivo de prevenção e combate a incêndios. Para 2025, a aposta será no fortalecimento da articulação entre prevenção e o combate, garantindo maior segurança para a população e preservação dos recursos naturais.
Altino Bessa enalteceu mais uma vez o esforço conjunto das autoridades locais para proteger o concelho de Braga, reforçando a necessidade de uma comunidade informada e empenhada nas práticas de prevenção de incêndios rurais.