Em dia de S. Martinho, a Quinta Pedagógica de Braga realizou um magusto tradicional em ambiente festivo, que juntou várias gerações num convívio animado.
A iniciativa contou com cerca de 200 participantes, entre alunos da Escola Básica 1 de Panóias, utentes séniores do Fundo Social do Município de Braga, utentes da CERCI Braga e voluntários.
Ao magusto associou-se também Altino Bessa, vereador responsável por aquele espaço, que destacou a importância de manter vivas estas tradições.
O autarca que tutela, entre outros, os pelouros do Ambiente e Desenvolvimento Rural da Câmara de Braga, apontou a Quinta Pedagógica como um local de «excelência», onde se preservam tradições do mundo rural ligadas à agricultura como desfolhadas, vindimas, malhadas e também os magustos que se mantêm bem enraizados entre as tradições minhotas.
«Nós procuramos celebrar sempre as nossas tradições e para isso também temos a preocupação de valorizar este espaço com novos equipamentos», disse o vereador, lembrando, por exemplo, o celeiro, o tanque e o portão de entrada da Quinta, do século XVIII, que vieram da Quinta de Santa Bárbara.
O objetivo é proporcionar um espaço identitário e intergeracional onde pessoas de todas as idades possam partilhar vivências e celebrar tradições.
«A Quinta, além do seu projeto pedagógico muito transversal, que vai muito às questões do ambiente, às questões da preservação dos ecossistemas, da biodiversidade, tem sempre muitas atividades pedagógicas e atividades que visam preservar e valorizar as tradições agrícolas», evidenciou.
A Escola EB 1 de Panóias participou pela primeira vez num magusto na Quinta Pedagógica. Helena Afonso, professora e coordenadora da Escola, disse que a experiência ofereceu aos 93 alunos presentes uma oportunidade de viver um magusto de forma mais tradicional, já que na escola não há condições para assar castanhas em fogueiras ou forno.
«Temos que pedir a uma pastelaria que nos faça esse favor. E aqui, é diferente, é também uma forma de lidar com a natureza, por isso aceitamos de bom grado o convite para vir», disse.
A CERCI Braga levou ao magusto sete utentes. Tânia Crista, diretora técnica da instituição, afirmou que aceitaram o convite «com muito gosto», uma vez que a iniciativa proporciona o convívio entre gerações, promovendo também a inclusão.
«Esta interação é muito proveitosa para o nosso grupo», garantiu a responsável, acrescentando que estas atividades são fundamentais para o bem-estar e integração dos utentes.
Da Casa do Areal - Fundo Social do Município vieram 19 utentes. Rafaela Maia, diretora técnica considerou que estas iniciativas na Quinta Pedagógica são importantes porque contribuem para um «envelhecimento ativo, saudável, com qualidade de vida».
«Temos mais utentes que gostariam de vir, mas estão mais dependentes, estes são os mais autónomos. Contudo, tentámos sempre diversificar as atividades, para englobar todos», acrescentou.
Entre os utentes estava uma idosa de 95 anos que Altino Bessa saudou e destacou como exemplo neste saudável convívio intergeracional, o qual contou com um momento musical bem animado e divertido proporcionado pelo Diogo, um estagiário da Quinta Pedagógica.