Guimarães inaugurou esta tarde o Centro de Artes e Ofícios dos Fornos da Cruz de Pedra, um espaço da comunidade que permite trazer memória ao presente, cruzando arte tradicional, património, economia e cultura. «É uma casa pequena mas com muito para mostrar», deu nota Catarina Pereira, diretora d’A Oficina para as Artes Tradicionais, que fez uma breve introdução do que foi e do que é hoje este centro.
Foi na presença de crianças, jovens e idosos que o presidente da Câmara Municipal de Guimarães pôs, literalmente, as mãos no barro, assinando uma peça da sua autoria. A acompanhá-lo esteve um grupo de crianças que pôde, assim, contactar com esta arte. É com este espírito de transmissão de um legado que este espaço ganha uma nova vida. «Estamos a fazer história no presente», disse.
Para Domingos Bragança, este novo centro, «identitário de Guimarães», «tem de ser da comunidade» e, por isso, endereçou o convite a todos os vimaranenses - e não só - para que o visitem e usufruam da experiência, conhecendo a memória ligada aos curtumes, aos têxteis e à olaria.
Na prossecução deste objetivo, as escolas ganham um papel primordial, defendendo o edil que seja criado um programa que as abarque e permita aos mais novos visitar o espaço, seja por um dia ou uma manhã ou tarde. «Este edifício só por isso vale a pena ser visitado, é um exemplo de reabilitação urbana», elogiou.
Também presente na inauguração esteve o presidente da cooperativa e vereador da Cultura e Turismo da Câmara de Guimarães, o qual enalteceu a possibilidade de, através deste espaço, «preservar e dar a conhecer» as artes tradicionais. «Enquanto presidente d’A Oficina, é uma missão natural desde a sua fundação cuidar do nosso património, do artesanato e da olaria, entre outras artes que temos ajudado a proteger e divulgar. Gerir este espaço é uma missão natural para A Oficina, a qual agarraremos com entusiasmo», disse.