O vereador do PS, Ricardo Sousa, questionou ontem em reunião do executivo como tem decorrido neste início de ano letivo a nova resposta às famílias para crianças com necessidades específicas nos períodos não letivos, tratados como “pontas”.
Recorde-se que o projeto “Supera-T” foi reformulado dando lugar a um subsídio financeiro direto os agregados para acompanhamento das crianças nos períodos pré ou pós-lectivos.
Aos jornalistas, a vereadora da Educação da Câmara de Braga disse que o processo neste ano letivo tem decorrido como expetável. «As instituições tiveram algum tempo de adaptação e de pensar, quer nas atividades, quer em adaptar os locais. Cada uma das instituições, à medida que ia tendo as inscrições dos pais, foi fazendo entrevistas individuais para perceber que tipo de auxílio que cada uma das crianças ia necessitar. Por isso, o programa demorou um pouco mais a ter uma resposta,sendo que todas estas crianças iriam, com a nossa garantia, ter respostas», explicou.
Segundo Carla Sepúlveda, a Bogalha abriu uma sala para 15 crianças e jovens e, neste momento, tem 11 inscrições. A Paróquia de S. Vicente, por sua vez, mostrou-se recetiva e tem feito adaptações dentro das vagas, tenso solicitado à autarquia um apoio específico.
O vereador do PS, também em declarações aos jornalistas, lembrou que inicialmente esta inicativa deveria envolver nove instituições. «Em julho havia a certeza de oito ou nove associações, foi isso que nos foi transmitido. Nós descansamos sobre isso durante o Verão porque o início do ano letivo estava assegurado, havia muita resposta para as necessidades do pais. O que ouvimos hoje aqui, porque pedimos essa avaliação após esta primeira semana de aulas, é que só uma associação é que tem inscrições, que é a Bogalha», disse.
Ricardo Sousa referiu ter ficado preocupado com esta informação, pelo facto de ter ficado a saber que a Bogalha vai criar uma sala para as 15 crianças. «Ou seja, a inclusão continua a não existir. É uma sala específica para aquelas crianças, quase um “depósito” das mesmas crianças com necessidades especiais, porque não ouvi aqui que elas iam ser integradas nas salas já existentes», salientou o vereador do PS, Ricardo Sousa.