O presidente da Câmara de Braga inaugurou hoje a ampliação do cemitério de Celeirós, uma obra que implicou um investimento de 150 mil euros, permitindo criar 72 novas campas, que vão ajudar a ultrapassar as necessidades mais prementes da freguesia, que está em amplo crescimento.
À margem da cerimónia, Ricardo Rio disse ao Diário do Minho que as obras de ampliação dos cemitérios são imprescindíveis para «salvaguardar o interesse das populações e evitar chegar a situações limite como, infelizmente, acontece em algumas freguesias». Com estas intervenções pretende-se evitar que «à situação dramática da partida de alguém que nos é próximo, as pessoas tenham que se confrontar com a situação angustiante de não ter onde colocar o seu ente querido».
«Temos estado em trabalho direto com as Juntas de Freguesia a tentar garantir as condições de ampliação e a assegurar as alternativas possíveis», explicou o autarca bracarense, acrescentou que «quer neste caso, quer noutras situações análogas, o Município de Braga tem negociado com proprietários, às vezes desencadeando processos de expropriação, como sucedeu em S. Julião de Passos e provavelmente sucederá em Mire de Tibães».
Ricardo Rio adiantou que, em alguns cemitérios, começam já a ser também assegurados columbários, onde são depositadas as cinzas depois da cremação dos cadáveres, assegurando uma resposta à nova realidade, já que atualmente são já muitas as pessoas que optam pela cremação.
O presidente da Câmara de Braga realçou ainda que na União de Freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro, estão a decorrer vários investimentos ao nível da Junta de Freguesia, dos equipamentos escolares e de espaços públicos.
«Sobretudo aqui em Celeirós tem sido necessário um grande investimento estratégico ao nível das estradas, pois algumas encontravam-se já bastante degradadas e tinham que ser substancialmente reforçadas em termos de investimento, e portanto vai haver essa concretização a curto prazo», explicou.
Ampliação em duas zonas
O presidente da União de Freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro, Carlos Guimarães, explicou que a obra permitiu ampliar o cemitério de Celeirós em duas zonas, nomeadamente junto à entrada e próximo da estrada nacional.
Segundo o autarca local a ampliação obriga ao estabelecimento de regras para que as novas sepulturas sejam uniformes, de maneira a não repetir erros do passado, quando havia quem fizesse campas maiores para “roubar” algum espaço.
«No mínimo, temos 72 novas campas, o que para nós, freguesia, é muito importante e para a comunidade de Celeirós ainda mais importante é porque a freguesia continua a crescer e a necessidade é cada vez mais premente», adiantou, acrescentando que «já se fala neste alargamento há muitos anos».
Os terrenos para onde foi ampliado o Cemitério de Celeirós pertenciam à União de Freguesias, mas o processo, que demorou aproximadamente um ano, contou com a contribuição de várias entidades, nomeadamente a Câmara Municipal de Braga; as Infraestruturas de Portuga (que permitiram o alargamento para o lado da estrada nacional); a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e a eRedes.
Carlos Guimarães acrescentou que a obra teve que ser realizada em tempo recorde até porque «neste momento, se não houvesse este alargamento, só existiriam nove lugares em terra). A obra foi financiada na íntegra pela Câmara Municipal de Braga, mas há trabalhos extra que terão agora que ser suportados pelo orçamento da Junta de Freguesia.
«Detetámos algumas dificuldades que acabámos por ser nós a suportar para que a obra seja apresentada à comunidade em devidas condições», contou o autarca, apontando, entre outras, a lavagem de todo o cemitério, e outros melhoramentos para garantir mais condignas condições a quem ali vai para honrar os seus entes queridos», afirmou, apelando para que a população mantenha em boas condições a obra realizada.