A Universidade do Minho (UMinho) deu ontem o pontapé de saída no projeto “sou.uminho 5.0” que, em termos globais, pretende contribuir para a redução do abandono escolar em Portugal, em dois por cento, em dois anos. A sessão decorreu no Instituto de Educação e Psicologia da UMinho e contou com várias escolas, unidades orgânicas da UMinho, bem como alunos, principais destinatários do projeto.
Na sessão de abertura, Filomena Soares, vice-reitora da Educação e Mobilidade Académica da UMinho, mostrou-se convicta do sucesso do “sou.uminho 5.0”. Até porque, constatou que, na sala estavam os principais protagonistas do projeto, num claro sinal de envolvimento de toda a comunidade académica. Olga Pereira, vereadora da Câmara de Braga, também esteve presente. Seguiu-se uma tertúlia intitulada “Promoção do Sucesso e Redução de Abandono Escolar na UMinho – Investigação e Boas Práticas” com a participação de Carla Sá, Eugénia Ribeiro, Leandro Almeida, Luís Guedes; e Marta Teixeira Sobgui, aluna da Escola de Medicina.
A conversa foi moderada pela professora Teresa Freire. Os intervenientes falaram das causas do abandono, vincando a ideia de que a incapacidade de integração, autonomia financeira e o desgaste mental são alguns dos fatores que levam ao abandono. Em declarações ao Diário do Minho, o professor Manuel João Costa, pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, explicou que o projeto “sou.uminho 5.0” tem um objetivo muito concreto, escrito no papel, que é «contribuir para o país diminuir em dois por cento, o abandono e insucesso escolar, em dois anos». Para isso, uma das estratégias é englobar todos, tornar o acolhimento e o trabalho de apoio aos estudantes uma tarefa mais visível, participada e mais permanente dentro da universidade do Minho.
«O que nós fizemos neste projeto foi escrever este projeto com as escolas, os alunos, com os professores, com os serviços, e com isso ter um conjunto de ideias que ficam para o futuro e que envolvem toda a gente». Recordou que até agora, nos acolhimentos, juntavam-se cerca 300 alunos para acolher os outros. Mas no início do ano letivo, esses alunos que apoiam vão para as suas aulas e desaparecem. «A partir de agora, não queremos que isso aconteça», disse. Vai ser criada também uma Área de aperfeiçoamento Académico da Universidade do Minho, para facilitar o estudo dos alunos. A formação de professores para a transição do 1.º para os 2.º e 3.º anos; a formação dos líderes estudantis. Por outro lado, há uma aposta na criação de softwares, para tentar antecipar e prever estudantes que possam vir a ter problemas de insucesso e abandono escolar. E a partir daí intervir mais cedo.