A professora Assunção Flores, do Instituto de Educação da Universidade do Minho e diretora do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC), acabou de vencer o Prémio Dr. Darrell Bloom, na 65ª Assembleia Mundial do International Council on Education for Teaching (ICET), que decorreu de 13 a 15 de junho, na Universidade do Minho, em Braga.
O prémio, atribuído por unanimidade dos membros da direção do ICET, visa reconhecer personalidades que, de forma consistente, tenham contribuído para a formação de professores.
Assunção Flores é natural de Vieira do Minho e fez a licenciatura em Ensino de Português-Francês, o mestrado em Educação, ambos pela UMinho, e o doutoramento em Educação pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido. Foi académica visitante nas universidades de Cambridge e de Glasgow, no Reino Unido, e mantém projetos com diversas instituições estrangeiras. É diretora do CIEC e presidente do Conselho do Instituto de Educação, onde é também professora associada com agregação.
É membro do Conselho Geral do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE, I.P.) e do Conselho Nacional de Educação, onde coordena a Comissão Especializada Permanente “Professores e outros profissionais da educação”. Tem sido consultora e avaliadora de projetos de investigação em vários países, como por exemplo Noruega, Bélgica, Finlândia e Israel. É ainda membro da direção da rede europeia de políticas de formação de professores e do Fórum Internacional para o Desenvolvimento dos Formadores de Professores. Coordenou vários projetos de investigação financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Segundo aponta a UMinho, em comunicado, em 2019 recebeu o Prémio Investigação do Conselho Internacional de Educação para o Ensino, na África do Sul, como reconhecimento do contributo da sua investigação no âmbito da formação de professores no panorama internacional. Em 2021, foi reconhecida na terceira edição do livro “Mulheres na Ciência”, publicado pela agência nacional Ciência Viva, que destaca mulheres influentes no panorama da Ciência em Portugal. Em 2022, e pelo segundo ano consecutivo, integrou a lista dos 2% de cientistas mais influentes do mundo, pela Universidade de Stanford (EUA) e pela Elsevier. Em 2023 foi galardoada com o prémio Michael Huberman da Associação Americana de Investigação em Educação (AERA), a maior associação internacional de investigação em educação. Também em 2023 recebeu o prémio ST2AR (Service to Teachers, Teaching, the Academy and Research - Serviço aos professores, ao ensino, à academia e à investigação), na Universidade de Bari Aldo Moro, em Itália. O júri internacional reconheceu o seu percurso exemplar enquanto investigadora e académica, destacando o contributo da sua investigação no âmbito do trabalho docente e da formação de professores.