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Municípios do Quadrilátero reforçam apoio ao festival de artes performativas

Municípios do Quadrilátero reforçam apoio ao festival de artes performativas
Fotografia Avelino Lima

Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão asseguram financiamento para as próximas duas edições do Vaudeville Rendez-Vous

Os municípios que formam a associação do Quadrilátero Urbano - Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão - reforçaram o apoio financeiro  para a realização do Festival Internacional de Artes Performativas Vaudeville Rendez-Vous nas duas próximas edições.

O anuncio foi feito hoje na sessão de assinatura do acordo de parceria entre as quatro autarquias, que teve lugar no salão nobre da Câmara de Braga.

Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, precisou que o financimento ao festival passa de 40 para 45 mil euros por município em cada edição e a associação Quadrilátero Urbano comparticipa com 5 mil euros. O protocolo, que é valido para dois anos (2025 e 2026), assegura, assim, 185 mil euros para cada festival.

A décima edição do Vaudeville Rendez-Vous realiza-se de 16 a 20 de julho, em Braga, Barcelos, Guimarães e Vila Nova de Famalicão. 

Em Braga, adiantou Ricardo Rio, serão desenvolvidas dez iniciativas, sete espetáculos, várias oficinas e masterclasses. Decorrerão em diferentes espaços da cidade como a Praça Municipal, Rua do Castelo, Largo do Pópulo, Rossio da Sé. As oficinas terão lugar no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa e as apresentações em espaço fechado no edifício gnration.

Este festival, que vai na décima edição, tem sido uma das marcas culturais mais bem sucedidas nos território dos quatros municípios. 

O festival começou em 2014 com a organização do Teatro da Didascália, em Vila Nova de Famalicão, estendendo-se depois aos outros três concelhos.

Segundo Ricardo Rio, o festival tem vindo a ganhar em termos de qualidade e ambição de ano para ano. Destacou, aliás, que a área cultural tem marcado ao longo dos anos de forma «bem sucedida a relação de colaboração existente entre os quatro concelhos» do Quadrilátero  Urbano.

«Temos desenvolvido muitas iniciativas para promover a disseminação de espetáculos neste território, para aproximar a população da cultura, para promover a colaboração entre os nosso principais equipamentos culturais, para desenvolver iniciativas culturais entre os quatro concelhos», disse.

O presidente da Câmara de Barcelos, Mário Constantino, considerou que é através da cultura que estes territórios «se estão a unir» e que «em boa hora o fizeram com Vaudeville Rendez-Vous».

«Conseguimos também desta forma aproximar as nossas populações e trazer também para o público em geral algumas das melhores mostras culturais que existem a nível musical, de circo, teatro e animação de rua», disse.

Para Mário Constantino, estas parcerias entre os quatro municípios permitem «ir mais além naquilo que as políticas culturais de cada município já desenvolvem».

Em representação da Câmara de Guimarães esteve o vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, para quem a  dimensão da cultura, a par dos territórios inteligentes de mobilidade, tem sido aquela que «tem ligado de forma mais forte» os municípios do Quadrilátero Urbano.  

«A soma destes quatro territórios fazem desta zona do país provavelmente a zona de maior produção cultural de todo o território nacional e quando trabalhamos em conjunto conseguimos essa afirmação e essa projeção nacional e até internacional», acrescentou. 

Da Câmara de Vila Nova de Famalicão esteve Pedro Oliveira, vereador da Cultura, segundo o qual estes acordos de parceria evidenciam o compromisso dos quatro municípios para com o seu território, para com as pessoas que vão usufruir dos espetáculos e para com as entidades artísticas (os artistas independentes e Teatro da Didascália).

Festival “Square” de 29 de janeiro a 1 de feveveiro

Na ocasião foi ainda formalizado o protocolo de parceria entre os municípios do Quadrilátero Urbano para a realização do Festival de Música Independente “Square”, que irá decorrer nas quatro cidades de 29 de janeiro a 1 de fevereiro de 2025.

Ricardo Rio lembrou que este projeto foi desenvolvido pela Câmara de Braga  no âmbito da candidatura de  Braga - Capital Europeia da Cultura 2027, na perspetiva de envolver territorialmente todos os outros concelhos da região, em particular os mais próximos de Braga como Guimarães, Barcelos e Famalicão, mas dado que Braga não venceu a candidatura, o festival será  realizado âmbito da programação de Braga - Capital Portuguesa da Cultura 2025.

Mário Constantino destacou a pertinência deste acordo num território em que abundam projetos e grupos emergentes com músicas alternativas.

«Estes contactos são decisivos para não só evoluírem como também perceberem como é que a música está a acontecer nos vários cantos do mundo», disse o autarca.

A Oficina é uma das parceiras deste festival, indicou o vereador da Cultura de Guimarães.