A Braval voltou a abrir, hoje, as portas do seu ecoparque às famílias que quiseram conhecer o trabalho de valorização e tratamento de resíduos sólidos que ali é feito, tendo contado com a presença de cerca de 30 pessoas, desde adultos a crianças. Este é um trabalho de sensibilização que a empresa faz ao longo de todo o ano mas, muito particularmente, por ocasião das comemorações do Dia Mundial do Ambiente, no sentido de sensibilizar e educar a população para a necessidade da sua preservação.
Ao Diário do Minho, o administrador executivo da Braval referiu que esta é uma tarefa que não pode parar e que tem dado frutos positivos, já que «a reciclagem está cada vez melhor», tendo aumentado 3% em 2023 face ao ano transato. «Pretendemos que a população recicle cada vez mais para que os resíduos não vão para aterro», disse, voltando a defender a necessidade de o Estado criar uma unidade de valorização de resíduos [incineradora] que sirva a região litoral noroeste, abrangendo os concelhos de Esposende, Viana do Castelo, Valença, Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Real. «Desde 2008 que peço isso, mas não temos qualquer perspetiva», lamentou Pedro Machado.
Sobre o Ecoparque Braval, o responsável lembrou a sua história que começou há 27 anos. «Encerramos esse cancro ambiental que são as lixeiras e hoje é um marco na região», disse. Porém, salientou as «dificuldades imensas» sentidas este ano devido ao aumento da pluviosidade. «Este inverno foi muito rigoroso, com condições climatéricas adversas, e tivemos muitas chuvas que criaram um constrangimento enorme no armazenamento dos lixiviados, a água do lixo. Não conseguimos tratar e colocar essas águas no saneamento porque a pluviosidade era tal que a nossa quantidade de armazenamento era insuficiente para suster essas águas e tivemos de contratar camiões para transferir para o saneamento público», explicou.