A Caminhada da CERCI Braga voltou, este ano, a revelar-se um momento mágico, conseguindo reunir, este sábado à noite, mais de 2 mil pessoas em prol da promoção da inclusão social das pessoas com necessidades específicas.
A venda de ingressos para esta 10.ª caminhada solidária ultrapassou os 2500, mas nem todos caminharam, apesar de terem contribuído para uma causa que está cada vez mais no coração dos bracarenses que, mais uma vez, responderam em massa ao apelo da CERCIBraga, com a participação de famílias inteiras, incluindo muitas crianças.
Em jeito de balanço, a presidente da CERCI Braga, Vera Vaz, disse ao Diário do Minho que «a caminhada ultrapassou as expetativas em termos de participação».
«Foi uma noite muito animada, com momentos muito marcantes, como a passagem pela Escola Franciscos Sanches, que nos recebeu de uma forma muito especial e calorosa!», afirmou, acrescentando que «também o final da caminhada foi marcado por momentos espontâneos de enorme emoção».
Segundo Vera Vaz «foi cumprido, com toda a certeza, o objetivo de envolver a comunidade e sensibilizar para a inclusão das pessoas com deficiência».
A presidente da CERCI Braga salienta ainda o facto desta iniciativa ter encerrado «com enorme satisfação a campanha Pirilampo Mágico 2024», enchendo de colorido e de animação toda a cidade, muito também pelas diversas instituições que se juntaram ao evento, dando o seu contributo para o tornar cada vez mais animado.
Na caminhada participaram também vários rostos conhecidos, incluindo a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda.
No final, ficou a sensação de dever cumprido, tendo sido possível sensibilizar a sociedade civil e as empresas para a questão da diferença.
A CERCI Braga comemorou recentemente 13 anos de vida com um jantar solidário que reuniu cerca de 400 pessoas, com destaque para a presença da secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.
A instituição tem duas respostas sociais a funcionar, um CACI e duas RAI e um Centro de Recursos para a Inclusão, na área educativa. Mas o sonho é construir um Lar Residencial e CACI -Centro de Atividades e Capacitação para Inclusão.
Este projeto é uma prioridade porque o grupo de utentes começa a estar muito envelhecido, sendo que alguns já se encontram na CERCI há 13 anos e já entraram na instituição com mais de 30 e 40 anos de idade. Uma boa parte do grupo tem já pais e famílias muito envelhecidos, que já não conseguem dar resposta às necessidades destes utentes, o que torna a exigência de um lar residencial cada vez mais premente.
Para a concretização do CACI e Lar Residencial a instituição necessita de realizar obras no valor de 4 milhões de euros.