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Arcebispo de Braga defende que os jovens devem ter «educação para a paz e o perdão»

Arcebispo de Braga defende que os jovens devem ter «educação para a paz e o perdão»
Fotografia Avelino Lima

Carla Esteves

Jornalista

Publicado em 29 de março de 2024, às 15:27

D. José Cordeiro celebrou, na Sé de Braga, o Ofício de Laudes da Sexta-feira da Paixão do Senhor

O Arcebispo Primaz afirmou hoje que «é necessário ajudar as crianças, os adolescentes e os jovens a desenvolverem uma personalidade de paz», sublinhando que «uma educação e uma cultura de paz exige o perdão». D. José Cordeiro proferia estas palavras durante a Oração de Laudes da Sexta-feira da Paixão do Senhor, dirigindo-se a uma Sé Catedral cheia de de fiéis, incluindo turistas.

Apoiando a sua mensagem nas “Sete Palavras de Jesus na Cruz”, D. José Cordeiro salientou «a enorme piedade que as envolve» e recordou cada uma das sete últimas palavras de Cristo na Cruz, considerando que todas «são palavras da única Palavra de Vida na Ressurreição». Entre as Sete Palavras, foram recordadas, em particular, a primeira, a quarta e a última, que foram dirigidas diretamente ao Pai.

O Arcebispo de Braga debruçou ainda a sua reflexão sobre Maria, “Mãe  e Filha da Igreja”, “Mãe e Filha do Seu Próprio Filho”, que sofre mas não abandona Jesus, Considerando D. José Cordeiro que com Ela, podemos viver mais intensamente o mistério da Cruz.

Mas foi a primeira das Sete Palavras: “Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, que D. José Cordeiro sublinhou e acerca da qual pediu aos devotos na Sé Catedral que refletissem.

«O perdão é para o futuro, não só para o que passou. O perdão não é um mero sentimento, mas uma decisão e, sobretudo, uma atitude»,disse , lembrando Lucas, como «Evangelista da Misericórdia e do Perdão”.

Considerando que «o perdão constitui um bem mais forte que um mal», D. José Cordeiro afirmou que a atitude fundamental é «eu quero a paz; “eu quero perdoar”.

Para o Arcebispo Primaz «recomeçar sempre é o caminho mais feliz da vida, porque a própria vida é feita de recomeços constantes» e é nesse sentido que D. José deixou o alerta para a importância de «um compromisso com uma educação integral que significa também formar para a justiça e a paz», ensinando aos mais jovems «o respeito pela sacralidade  de  outra pessoa, com a força interior de construir o bem comum, mesmo quando isso custa sacrifício e diálogo, com a reconciliação e o perdão».

«A paz nasce de um coração curado e perdoado», disse, lembrando que «em cada celebração manifesta-se o dom da paz, e por isso, na sua conclusão, somos enviados em missão como edificadores da paz».

D. José Cordeiro terminou, deixando o alerta que «uma educação e uma cultura para a paz exige o perdão» e usou como síntese a frase do bispo anglicando Desmond Tutu «Não há paz sem perdão».

Na sua mensagem de Páscoa 2024 D. José alerta que «Sentarmo-nos à mesa com Jesus para comer a Páscoa, tendo consciência de que Ele próprio é a nossa Páscoa e a nossa paz, é para nós o maior motivo de alegria».