O município de Braga adiantou esta segunda-feira que o projeto ‘Cuidar Braga’, que com a utilização de biotrituradores, procede à destruição de sobrantes sem recorrer à utilização do fogo, contribuiu para que o concelho alcançasse o melhor resultado na redução de incêndios rurais dos últimos cinco anos. A Câmara Municipal acrescenta que, com estes resultados, evitou a emissão de 208.91 toneladas de CO2 ao triturar 132 222 Kg de sobrantes agrícolas ou florestais.
O Dispositivo Municipal de Vigilância e Primeira Intervenção, do qual fizeram parte a Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga, os Bombeiros Voluntários de Braga, a Guarda Nacional Republicana, a Policia de Segurança Pública, o Regimento de Cavalaria nº 6, a Policia Municipal, as Equipas de Sapadores Florestais, as Equipas da Divisão de Protecção Civil, a Unidade Local de Protecção Civil de Pedralva, de Sobreposta e de Lomar e Arcos, contou com um efetivo de 34 operacionais e 14 viaturas, tendo percorrido mais de seis mil quilómetros. Já nas ações de primeira intervenção, o número de operacionais subiu para cerca de 187.
O vereador da Protecção Civil da Câmara de Braga, Altino Bessa, reforça a importância do trabalho de vigilância florestal desenvolvido por estas equipas que, para além de detetar focos de incêndios de forma precoce, possibilitando uma rápida intervenção, funciona ainda como meio dissuasor. “O projeto ‘Cuidar Braga’ tem como principal objectivo reduzir o número de queimas de sobrantes agrícolas e florestais, através da alteração de comportamentos, beneficiando-se ao mesmo tempo o meio ambiente através da redução de emissões de CO2. Este projeto disponibiliza aos munícipes a utilização de um biotriturador de forma gratuita, que é uma alternativa segura ao uso do fogo na eliminação de sobrantes agrícolas e florestais. Este equipamento tritura os sobrantes, reduzindo-os a estilha, podendo posteriormente ser espalhada pelo terreno ou reaproveitada em compostagem ou outras utilizações agrícolas ou de jardinagem”, explica o responsável.
Altino Bessa destaca também a proibição da realização de queima de sobrantes - responsáveis por uma elevada percentagem de incêndios rurais -, promovida pelo Município no período entre 1 de junho e 30 de outubro, como uma relevante medida para os bons resultados obtidos, nomeadamente na redução do número de incêndios rurais. O vereador adianta que o município pretende replicar em 2024 este modelo de prevenção de incêndios rurais, e apela à população para a limpeza dos terrenos florestais e consulta dos alertas emitidos pela Proteção Civil municipal, de modo a evitar comportamentos de risco.