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PSP e GNR do distrito de Braga juntam-se ao protesto por melhores salários

PSP e GNR do distrito de Braga juntam-se ao protesto por melhores salários
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 12 de janeiro de 2024, às 09:17

Agentes exigem também melhores condições de trabalho.

Os agentes da PSP e os militares da GNR do distrito de Braga juntaram-se ao protesto iniciado pelo agente da PSP de Lisboa, Pedro Costa, que se encontra em vigília em frente à Assembleia da República, por melhores condições de trabalho e salariais.

Em Braga, as vigílias começaram em frente à sede do comando, o Palácio dos Falcões e, nas últimas noites acontecem em frente à Câmara de Braga.

Na noite de quarta-feira esteve presente o comandante distrital de PSP de Braga, o superintendente Henriques de Almeida, que se juntou, assim, ao protesto com a participação de mais de duas centenas de profissionais das forças segurança, sem, contudo, querer prestar declarações à comunicação social. 

Esta quinta-feira à tarde, os agentes da PSP voltaram a concentrar-se em frente à sede do comando e das esquadras de Barcelos e de Guimarães, dando ainda mais corpo a este protesto. Recorde-se que os agentes da PSP e os militares da GNR acusam o Governo de discriminação ao atribuir o subsídio de risco à Policia Judiciária, sem contemplar as restantes forças de segurança. O vencimento base da PSP, salientam, é equivalente ao subsídio de risco de um inspetor da PJ. Ou seja, um agente da PSP, ao iniciar a sua carreira, ganha tanto como o subsídio de risto da PJ.

A isto, a PSP e a GNR juntam ainda o que consideram falta de condições para o trabalho que realizam no dia a dia, tanto em termos de instalações como também dos meios que têm de utilizar. Segundo realçam, a manutenção dos carros e dos materiais não é feita de acordo com as regras das empresas que vendem. O exemplo que apontam é o das viaturas que andam até ultrapassar os limites.

Este protesto está a aumentar em número e a chegar a mais zonas do país, adiantaram à Lusa fontes sindicais, frisando que não há certezas sobre quando irá terminar. Os sindicalistas sublinharam que estavam a ocorrer protestos em localidades como Castelo Branco, Viseu, Vila Real, Leiria, Santarém, Guarda, Horta ou Ponta Delgada.

Diretor nacional solidário

O diretor nacional da PSP manifestou ontem aos sindicatos que está solidário com os protestos dos polícias, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia. «Esta reunião serviu acima de tudo para o diretor nacional, pessoa que nos dirige, mostrar efetivamente, confirmar e reforçar aquele que é o espírito de solidariedade que tem para com esta luta, que também não deixa de ser uma luta do diretor nacional, sendo ele o diretor de todos os polícias», disse aos jornalistas Bruno Pereira.

MAI lembra deveres

Entretanto, o ministro da Administração Interna disse ontem que o direito de manifestação «é legítimo, respeitável e até valioso» desde que respeitem «os deveres de quem tem especial responsabilidade na salvaguarda do Estado de direito e da legalidade democrática» «Os polícias e os guardas são o primeiro garante da salvaguarda do Estado de direito e da legalidade democrática e o que se pretende é que as manifestações cumpram estes deveres de responsabilidade», disse José Luís Carneiro referindo-se ao protesto que tem decorrido nos últimos dias por parte de elementos da Polícia de Segurança Pública, no final de uma visita a três habitações no Barreiro, destinadas a militares da GNR.