O Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho, acolhe, no próximo sábado, dia 13 de janeiro, a primeira de 11 sessões do Itinerarium 2024, uma iniciativa promovida pelo município de Braga em parceria com a Universidade do Minho, para a promoção do conhecimento do património.
A coordenadora cientifica do evento, Marta Lobo, considera o Itinerarium «uma aposta ganha, desde logo pela sugestão do tema a que se dedica o projeto »e sustenta que o Itinerarium «convoca todos os habitantes de Braga a circular pela cidade e a vê-la com novos olhos: a articulação entre a sua história e o seu património no tempo longo da História».
«Não nos interessa um período em particular, interessa-nos toda a história, todo o património, numa valorização global do que se foi fazendo e construindo ao longo de mais de dois mil anos de existência. Braga é uma cidade riquíssima em História e Património, pelo que se impõe conhecê-los e preservá-los. Só se ama o que se conhece!», sustenta Marta Lobo.
Segundo a docente do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho «o maior objetivo deste projeto é o de fazer com que a população de Braga conheça melhor a sua história e o seu património» e, nesse sentido todos são convidaos a marcar presença nas atividades mensais.
«Estamos certos de que sairão melhor apetrechados para entender a cidade, as suas ruas, as suas praças, os seus monumentos, os seus bairros e os seus habitantes», argumentou.
Segundo a coordenadora científica do Itinerarium «um outro objetivo deste projeto é valorizar a nossa história e o nosso património enquanto motores de desenvolvimento cultural e potenciadores de uma cidadania ativa e interventiva».
«Entendemos a cidade como um bem de todos, um património comum, que está ao serviço da comunidade. Nesse entendimento, assumimos a responsabilidade como algo que pode potenciar preservação e desenvolvimento. Ora, é nessa encruzilhada de preservação do património e da história que entendemos a necessidade de uma responsabilidade coletiva que produza desenvolvimento e fomente a cultura», adiantou.
Marta Lobo considera que a parceria entre a Universidade do Minho e a Câmara Municipal de Braga tem sido «muito frutífera», sublinhando que «existe um saudável entendimento e ambiente de trabalho que conduz a resultados muito promissores».
«A Câmara de Braga conta com excelentes profissionais de trabalho, com entendimentos muito clarividentes sobre a importância da história e do património da cidade, bem como dos desafios que se lhes colocam no persente, e as perspetivas que se abrem para o futuro. Neles incluem-se as dinâmicas do património e as múltiplas formas de o abordar. Por seu lado, a Universidade do Minho tem a capacidade de, através do seu Departamento de História, oferecer aturadas e galvanizadoras investigações sobre as mais interessantes perspetivas da História e do Património da cidade», afirmou a docente da UMinho.
No que respeita em concreto ao Itinerarium deste ano, a coordenadora científica do evento adianta que o programa para desta edição mantém a matriz inicial, que consiste em oferecer aos cidadãos bracarenses perspetivas multifacetadas da sua história e do seu património. O objetivo é que, através de um conjunto de especialistas, seja possível dar a conhecer «a cidade perdida, a cidade vivida, a cidade experimentada e a cidade recordada».
Marta Lobo considera que «sem o conhecimento da História e do seu Património da cidade, os bracarenses não os poderão valorizar e preservar. Só com mais informação se pode, em primeiro lugar, entender, depois valorizar, preservar e divulgar. O entendimento que fazemos da cidade é de um todo articulado e vivo e é esse conjunto que pretendemos apresentar aos interessados, para que melhor possam conhecer e usufruir da cidade, enquanto património e história.