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Exposição na Escola Secundária Carlos Amarante alerta alunos para importância da democracia

Exposição na Escola Secundária Carlos Amarante alerta alunos para importância da democracia
Fotografia DR

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 09 de janeiro de 2024, às 15:46

Na inauguração marcaram presença responsáveis por várias escolas e da autarquia bracarense.

A Escola Secundária Carlos Amarante (ESCA) tem patente desde hoje, e até sexta-feira, a exposição “Mulheres de Abril Somos!” que, até junho, percorrerá dez estabelecimentos de ensino do concelho. Consciencializar a comunidade estudantil para a importância da democracia dando a conhecer a ausência de direitos das mulheres até à Revolução dos Cravos, e apelar ao exercício do direito de voto logo que atinjam a maioridade, são os propósitos desta iniciativa do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.


Que em 1974 apenas 25% dos trabalhadores eram mulheres (e, destas, apenas 19% trabalhavam fora de casa); que a idade mínima do casamento era aos 16 anos para o homem e de 14 anos para a mulher; que as mulheres ganhavam menos 40% do que os homens; e que as enfermeiras e hospedeiras do ar não podiam casar são apenas algumas das curiosidades patentes nesta infografia que já esteve exposta no ano passado, no Mercado Municipal de Braga.


A inauguração de ontem contou com a presença de professores de várias escolas e elementos da autarquia, entre os quais a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Braga, que salientou a importância desta exposição junto da comunidade educativa no sentido de promover o cinquentenário das comemorações do 25 de Abril. Para Carla Sepúlveda, «se alguém tem algo a tirar daqui são os nossos alunos porque é a partir da escola que fazemos as pessoas do presente e do futuro». 

Paulo Sousa, coordenador da Comissão Promotora de Homenagem aos Democratas de Braga, realçou o carácter surpresa desta exposição, que contém informação desconhecida por muitos, sobretudo pelas gerações mais recentes. «Muitos ficam boquiabertos com a ausência total de direitos das mulheres antes do 25 de Abril. Por isso é muito importante a relação intergeracional e a passagem de testemunho de memórias para que os mais jovens valorizem a democracia.


«Queremos também que percebam a importância da comemoração dos 50 anos e que não sejam inócuos com o que se vive hoje no país e na Europa, com extremismos. Não há nada como o exercício da cidadania ativa e o combate à abstenção», disse.