A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS) poderá vir a ter, no futuro, polos de leitura espalhados por diversas áreas geográficas da cidade. A ideia foi avançada pela diretora da BLCS, Aida Alves, a propósito da celebração dos 19 anos de serviço público da biblioteca, que amanhã se comemoram.
Recusando, para já, a possibilidade de obras no atual edifício onde se encontra instalada a BLCS, na União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, a diretora da biblioteca avança que o que poderá eventualmente vir a ser equacionado, da parte da Universidade do Minho (UMinho), não estando ainda identificado, passa pela possibilidade de vir a ter, no futuro, um ponto comum de acondicionamento das publicações de depósito legal.
«Isso, de alguma forma, vai ajudar-nos a resolver uma parte do problema do acondicionamento que tínhamos evidenciado, e naturalmente nunca será demais dizer que a biblioteca pode ser alvo de novos polos de leitura, se a nossa tutela assim o achar», avançou Aida Alves.
A diretora da BLCS considera que seguindo o exemplo do próprio Município do Porto, que vai avançar com novos polos de leitura na cidade devido às obras que vão decorrer na Biblioteca Pública do Porto, «seria conveniente termos polos em várias áreas geográficas da cidade».
Contudo, em Braga, a constituição destes polos não será para avançar no ano de 2024, embora Aida Alves não exclua a possibilidade da BLCS poder vir a ajudar as instituições que se queiram associar a ela para criarem os seus novos polos de leitura.
«Nós temos disponibilidade para ajudar, por exemplo, uma Junta de Freguesia que queira criar a sua biblioteca de Junta, ou uma associação de moradores que queira criar a sua biblioteca local, ou um centro social e paroquial que queira a nossa ajuda para criar a sua biblioteca», avançou, explicando que «a BLCS tem disponibilidade para ajudar, dando o seu apoio técnico e/ou dispensando também alguma bibliografia das coleções que nos são ofertadas».
Aida Alves realça, porém, que estes projetos não devem ser entendidos como polos da BLCS, mas antes como polos de leitura ao abrigo da instituição.
Instituição quer consolidar a AQUALibri em 2024
Para 2024 a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva elege como um dos grandes projetos a consolidação da Biblioteca Digital do Cávado AQUALibri, tentando fazer também o acompanhamento das necessidades apresentadas no âmbito das comemorações do 25 de abril na cidade.
« A AQUALibri para nós é um projeto que também é interessante porque queremos apelar à comunidade detentora de documentos que muitas vezes são de esfera privada, mas que podem ter algum interesse a nível da História», explicou Aida Alves.
Segundo a diretora da Lúcio Craveiro o objetivo é desenvolver, logo no início do ano, uma proposta de angariação de documentos privados que possam, eventualmente ser digitalizados para a AQUAlibri, como fotografias, selos, ilustrações, postais, catálogos, que muitas vezes as pessoas têm nas suas próprias casas e que podem eventualmente ter interesse para mapear, por exemplo, uma manifestação pública, ou de um sindicato.
«Nós queríamos, a nível da CIM Cávado, propor que fosse feita uma campanha de angariação desses mesmos documentos porque é importante nós garantimos a digitalização desse espólio. Mas depois devolvemo-lo ao seu dono, sendo o nosso único interesse disponibilizar a informação para fins de interesse público«, explicou.
Para 2024 Aida Alves elege ainda como área de intervenção a sustentabilidade, trabalhando no conceito de “Biblioteca Verde”.