A Câmara de Braga aprovou, esta noite, a manutenção, em 2024, da taxa de imposto municipal sobre imóveis (IMI) em 0,33% para prédios urbanos, mas sem os votos favoráveis da oposição, que defendeu que a taxa deveria ser menor. O PS votou contra e a CDU absteve-se, numa reunião do executivo que decorreu no Centro de Juventude.
O vereador socialista Artur Feio disse que, tendo em conta a crise da habitação que se verifica na cidade, seria «sensato pensar em reduzir» a taxa para 0,3 na habitaço própria, dando assim um sinal à cidade e aos bracarenses da preocupação autárquica com este problema. «Politicamente, preferia fazer esta redução às famílias do que fazer uma Noite Branca», referiu.
Também o vereador da CDU, Vítor Rodrigues, defendeu que «há margem e pertinência política para a taxa ser menor».
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, revelou que a maioria «equacionou profundamente» uma descida, embora nunca para 0,3. O edil explicou que a descida para 0,32 implicava uma perda de receitas de um milhão de euros.
O entendimento foi que «uma medida universal não é que melhor se aplica» neste caso, pelo que o executivo optou por manter a taxa, ficando a Câmara com «essa reserva» para os programas de apoio à habitação direcionados para os mais carenciados.