Nos próximos dias 2,3 e 4 de junho o Campo das Hortas será palco do segundo maior festival de cerveja artesanal do país. Trata-se da terceira edição de um evento que veio para Braga para ficar e que, este ano, promete atrair cerca de 30 mil pessoas, entre apreciadores de cerveja e famílias.
Concentrados no jardim que “abre” para o Arco da Porta Nova, a mais conhecida porta da cidade, estarão 22 produtores oriundos de todos os pontos do país, que comercializarão mais de 200 cervejas artesanais. O programa inclui ainda animação musical, showcooking, streetfood e sunsets.
Durante a apresentação do evento, hoje, no Campo das Hortas, Filipe Macieira, co-fundador da Letra e membro organizador do certame, revelou que a contagem do ano passado aponta para a cvenda de 10 mil litros de cerveja e para a presença de 20 a 25 mil pessoas, número que, nesta terceira edição, deverá ser ultrapassado.
Segundo Filipe Macieira, no Hopen 2023 estará reunido o maior número de sempre de cervejas nacionais, tendo este festival a especificidade de se focar nas marcas de cerveja artesanal portuguesas com fábrica própria.
«Este ano temos também uma programação diversa que passa pela apresentação de novas cervejas e pela ligação com a gastronomia», afirmou, apontando entre as novidades desta edição, o “Brewfit”, «um crossfit cervejeiro que pretende desmistificar a ligação entre a cerveja e o desporto».
Segundo Filipe Macieira «um dos aspetos mais importantes é a cerveja que é comercializada, permitindo gerar lucro para os produtores de cerveja nacional, já que este é um dos poucos eventos nacionais em que o produtror tem retorno no final»
Destaque também para a animação musical, desde a abertura ao fecho do certame, e para a expansão do recinto destinado à Street Food do Jardim do Campo das Hortas para o Jardim dos Chorões, onde ficarão instalados os projetos de street foods mais locais.
Na edição de 2003 marcarão também presença duas marcas de sidra 100% portuguesas, oriundas de Ponte de Lima e Carrazeda de Ansiães, sempre com o objetivo de promover a cultura cervejeira num ambiente de festa, com entrada livre.
O diretor geral da Associação Empresarial de Braga (AEB), Rui Marques, salientou o interesse artístico e comercial que este evento tem para a região, sendo um certame que se organiza pela terceira vez neste local e já faz parte do imaginário de bracarenses e visitantes.
Recordando a importância do setor da cerveja para a economia nacional, já que movimenta cerca de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), e o crescimento significativo que a cerveja artesanal vem sofrendo nos últimos anos, tendo já conquistado cerca de 10% de consumidores adultos, Rui Marques salientou a importância deste mercado que tem potencial para continuar a crescer, dada a qualidade e o potencial gastronómico do produto, muito apreciados no setor da restauração e hotelaria.
«Acreditamos que vai ser, mais uma vez, um sucesso, juntando um produto de qualidade com uma cidade vibrante e cheia de energia», concluiu o diretor geral da AEB.
O segundo maior evento de cerveja artesanal a nível nacional
O vereador Altino Bessa começou, ontem, por salientar, a importância do local onde decorre o certame, que conseguiu ultrapassar a velha crença de que «do Arco da Porta Nova ninguém passa».
Enfatizando o crescimento do número de produtores participantes, que passaram de 18, na edição do ano passado, a 22 na edição deste ano, Altino Bessa mostrou-se positivo quanto à afluência neste evento, e quanto à possibilidade de que haja bom tempo nestes dias.
«O desafio sempre foi que este evento tivesse uma marca distintiva a nível nacional e hoje podemos dizer seguramente que este é o segundo maior evento de cerveja artesanal a nível nacional quer pelo nome de expositores, quer pelo número de participantes e pela quantidade de litros de cerveja vendidos», afirmou.
Altio Bessa acrescentou que embora Portugal não seja um dos grandes produtores de lúpulo, à medida que eles vão aparecendo vão contribuindo para movimentar a economia, enquanto alternativa de cultura agrícola.
«Com estes eventos podemos potenciar, a montante, a atividade agrícola», disse, considerando que o certame serve também para projeção da cidade.
Segundo Altino Bessa, apesar de direcionado para um público próprio, mais jovem, este evento é igualmente intergeracional, permitindo juntar pais e filhos, avós e netos, que não precisam de consumir cerveja, podendo beneficiar do aspeto gastronómico e da animação.