Os jovens devem ser mais sensibilizados paras as oportunidades das designadas profissões “do passado” e que, atualmente, devido a um decréscimo da oferta e aumento da procura, são bastante atrativas em termos de empregabilidade e remuneração.
Esta foi uma das ideias defendidas pelos empresários, no decorrer do Fórum “Profissões com passado, presente e futuro...”, que decorreu na tarde de hoje, inserido na programação da Semana da Economia.
Considerando que «todas as profissões têm futuro», Rui Marques, diretor-geral da Associação Empresarial de Braga (AEB), defendeu que «a tónica devia estar nas profissões que tendem a caminhar para a sua extinção por via da evolução».
E o que é uma profissão com futuro? «Todas as profissões, técnicas ou não técnicas, têm futuro. As que têm menos futuro são as que têm maior potencial de robotização ou automatização», disse, dando como exemplos as profissões que implicam a execução de tarefas repetitivas, sobretudo de carácter manual. É o caso de alguns cargos ligados à área industrial, mas não só. «Hoje em dia, também em profissões de nível intelectual acontece», disse, lembrando a área jurídica, em que «a inteligência artificial veio substituir tarefas».
Por outro lado, Rui Marques considerou que existem profissões de risco «não pela evolução tecnológica mas porque os jovens as consideram menos atrativas». Aqui, incluem-se as profissões mais tradicionais como os carpinteiros, canalizadores ou eletricistas, mas também empregos ligados à hotaleria e restauração, como a área da cozinha ou do serviço de mesa.