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Braval coloca 100 óleões de rua em seis municípios

Braval coloca 100 óleões de rua em seis municípios
Fotografia Jorge Oliveira

Jorge Oliveira

Jornalista

Publicado em 10 de maio de 2023, às 19:31

Rui Morais incentiva munícipes a fazerem a separação do óleo usado

A Braval,  empresa responsável pela valorização e tratamento dos resíduos sólidos no Baixo Cávado, procedeu hoje à colocação dos primeiros óleões de rua na sua área de abrangência, num ato simbólico que começou na freguesia de Rendufinho, Póvoa de Lanhoso, e culminou em Ruilhe, Braga.

Nesta primeira fase serão distribuídos um total de 100 óleões pelos municípios de Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde.

Depois de, em 2008, ter avançado com a distribuição de oleões e recolha porta-a-porta, a empresa intermunicipal disponibiliza agora contentores de rua, onde os cidadãos podem depositar óleos alimentares usados, em embalagens fechadas (garrafas e garrafões).

«No fundo, estes contentores são um acrescento ao sistema já implementado de recolha domiciliária, permitindo aos cidadãos colocarem os óleos usados a qualquer hora do dia e uma recolha de forma eficaz», disse o presidente do Conselho de Administração da Braval, Rui Morais, aquando da instalação do contentor em Ruílhe.

O ano passado, a Braval passou a fasquia de 1 milhão de litros de óleos usados recolhidos.

Rui Morais explicou a escolha destas duas freguesias para o início da distribuição de óleões de rua com o facto de serem das que mais têm contribuído para a recolha de óleos alimentares usados e também de outros resíduos selectivos.

No concelho de Braga, onde são recolhidos 60 a 70 por cento do total dos óleos usados do conjunto dos seis municípios, vão ser instalados 60 dos100 contentores de rua, adquiridos  ao abrigo da candidatura ‘Optimização e Reforço da Recolha Selectiva da Braval’, co-financiada pelo POSEUR, no âmbito do Portugal 2020.

Rui Morais destacou que a separação dos óleos «não só permite uma melhor eficiência ao nível do tratamento das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), como permite um retorno económico, uma vez que com este óleo é produzido gasóleo que posteriormente é vendido, contribuindo para que a tarifa da Braval seja ainda hoje uma das mais baixas do país».

«Isto é uma pequena gota no oceano, mas que todas juntas permitem atingir os objetivos», acrescentou. 

A Braval, que foi pioneira na recolha e tratamento de óleos alimentares usados, com o Projeto OLEO+, em 2008, pretende aumentar gradualmente a colocação de óleões de rua. Em simultâneo mantém a recolha porta-a-porta, contando para o efeito com uma nova carrinha que custou 200 mil euros.

 Rui Morais aproveitou o momento para incentivar os munícipes a continuem a fazer a separação do óleo usado, referindo que agora «têm menos uma desculpa para não o fazerem».

Também o vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa, chamou a atenção da população para a necessidade da separação, referindo que quem deita o óleo usado pela banca da cozinha ou pela sarjeta comete um «crime ambiental».

«Cada vez existem mais meios para que a população possa colaborar connosco no sentido da preservação do ambiente. As entidades sozinhas não conseguem fazer nada, uma vez que não é possível entrar em casa das pessoas e fazer com que elas coloquem o óleo dentro de um bidão e posteriormente o depositem no contentor», disse.

Lembrando que as ETAR não foram preparadas para tratar óleos, o autarca apelou a um «compromisso e responsabilidade individual e das famílias» em prol da preservação do meio ambiente.

Esta iniciativa contou ainda com a presença do director geral executivo da Braval, Pedro Machado, e com o presidente da Junta de Freguesia de Ruílhe, Fernando Vilaça, o qual  enalteceu o facto de Ruílhe ter sido a primeira freguesia do concelho a ser contemplada com um óleão de rua.