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«Governo conta com o setor social» para relançar a economia do país

«Governo conta com o setor social» para relançar a economia do país
Fotografia Avelino Lima

Carla Esteves

Jornalista

Publicado em 05 de maio de 2023, às 14:58

Secretário de Estado da Segurança Social abriu Jornadas da Economia Social da UMinho

O secretário de Estado da Segurança Social afirmou, hoje, em Braga, que «o Governo conta com o setor social para a missão que tem em mãos» de relançar a economia do país. Gabriel Bastos falava durante a sessão de abertura  das Jornadas de Economia Social da Universidade do Minho (UMinho) sobre “O papel da Economia Social na sociedade em transformação”.

«Recuperámos o país da enorme crise sanitária por que passámos recentemente, e defendemos agora, após este período de crise inflacionista, relançar a economia, cada vez mais assente em princípios solidários e participativos, centrados no bem-estar do Ser Humano, em harmonia com o ambiente, o território, e mantendo o equilíbrio e a solidariedade intergeracional», afirmou o secretário de Estado da Segurança Social.

Segundo Gabriel Bastos «devido às suas características intrínsecas e aos seus princípios fundadores a economia social tem as condições necessárias para assegurar o pilar europeu dos direitos sociais e também para contribuir para a valorização e implementação dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável das nações Unidas, a Agenda 2030».

O secretário de Estado adiantou que, nesse âmbito, é imprescindível «requalificar as nossas respostas sociais, quer na área da velhice, quer também na área da primeira infância e esse investimento, muito avultado, de algumas centenas de milhões de euros, a realizar neste período do PRR, até 2026, visa concretizar esta enorme ambição que temos para o país».

Sustentou ainda que é imprescindível a  realização e projetos no âmbito da economia circular para dar resposta aos objetivos da descarbonizarão industrial, nomeadamente no setor agro-industrial e na produção e promoção de um consumo responsáveis que também são desenvolvidos pelo setor cooperativo.

«O modelo emergente das plataformas cooperativas, no âmbito da transição digital, combina  a vertente de propriedade coletiva com o trabalho digno, a segurança no emprego, mas também a transparência e portabilidade da informação», afirmou.

Terminou, deixando a mensagem de que «os valores da economia social nos remetem ao que de melhor o Ser Humano conseguiu alcançar conjuntamente Em sociedade».

«A transmissão desses mesmos valores às gerações futuras é um dos desafios que enfrentamos enquanto agentes promotores de políticas públicas», acrescentando que  «a competição versus a cooperação, o individual versus o coletivo, a acumulação voraz versus a partilha solidária são algumas das opções que teremos de fazer de enorme responsabilidade coletiva em que a economia social também evidencia».

Também a presidente da Escola de Economia e Gestão (EEG) da UMinho, Cláudia Simões, salientou a importância das jornadas por abordarem «questões fundamentais  nos tempos que vivemos, com novos e velhos desafios».

«Torna-se fundamental agir no espaço ou contexto de desafios ambientais   e sociais que atualmente nos rodeiam. As várias instituições de ciência, sociedade,  e organizações necessitam de manter experiências, ideias e práticas que abrem caminhos para o futuro da responsabilidade individual e coletiva», sustentou.

Segundo Cláudia Simões «os desafios sociais precisam de ser alvo de uma conversa profunda para a criaçãod e um modelo de desenvolvimentos sutentável», afirmou, fazendo votos para que o evento realizado contribua para este debate.

Nesse sentido, e para refletir sobre o «distintivo e valioso propósito  da economia social para a icnlusão com igualdade de direitos, cidadania e participação na vida da comunidade», a organização das jornadas procurou articular múltiplos agentes na promoção da inserção e da inclusão social em diferentes contextos de intervenção.