Diário do Minho (DM) – Desde que se candidata tem vindo a reforçar a votação no seu projeto. Qual o segredo para esta conquista da confiança da maioria dos monçanenses que durante muito tempo entregaram o seu voto ao PS?
António Barbosa (AB) – O segredo da política é nós termos a noção de que nem tudo é política e, portanto, conseguir manter uma uniformidade na forma como estamos e trabalhamos. Eu estou na política como estou na minha vida pessoal. Não há o António Barbosa presidente de câmara e o António Barbosa pai e cidadão do concelho. Decidi estar na vida política para fazer algo pelo território. É um trabalho público, de cidadania, em que damos muito de nós, em que damos muito do nosso tempo para a nossa terra.
DM – Em 2017, quando foi eleito pela primeira, uma das suas principais prioridades para o mandato era tornar Monção um concelho mais atrativo. Esse objetivo está cumprido?
AB – Esse objetivo está a ser cumprido mais rapidamente do que aquilo que eu tinha previsto quando me candidatei pela primeira vez. Se há cinco anos me dissessem que Monção estaria hoje neste patamar de visibilidade e de comunicação, se calhar não acreditaria. Se calhar olharia para estes resultados mais para a sete, oito, dez anos. O que é certo é que os resultados estão a aparecer, as coisas têm corrido bem. Temos tido muita sorte nos resultados, mas costumo dizer: “ninguém imagina o trabalho que a sorte dá”. Acho que hoje o território tem uma visibilidade pública muito boa para aquilo que é a sua dimensão.
DM – O Minho Park esteve durante muitos anos encalhado. Recentemente, a situação chegou a bom porto. Qual foi a solução encontrada e quais são os objetivos para este parque
industrial?
AB – A indicação que temos é que no próximo ano já começaremos finalmente, ao fim de 15 anos, a ter no Minho Park empresas e a continuar a transformação pela fixação da população neste território. Como sabemos, o processo do Minho Park é muito complicado, é um processo judicial que se arrasta. Quando entrei no município esse processo já estava a entrar para fase de insolvência. E a solução passava por encontrar um investimento privado. Não era possível ao município de Monção adquirir aquele espaço. É um parque com uma área brutal, tem mais de 500 mil metros quadrados, será uma das maiores zonas industrias do Norte de Portugal.
O que fizemos foi meter pés ao caminho, bater às portas e conseguimos um investidor privado, que é um fundo que tem um tempo muito curto para ser dissolvido, estamos a falar de sete anos, o que é uma garantia de que, na pior das hipóteses teremos o Minho Park pronto e cheio em sete anos desde a constituição dessa empresa. Acho que são grandes notícias. Estamos a falar num fundo que tem interesse em colocar aqui empresas de dimensão.
DM – Que tipo de empresas pretende para este parque industrial?
AB – Estamos a falar de investimentos de dimensão que vão permitir duas coisas: por um lado, trazer empresas que permitam termos mais emprego qualificado a nível local e, por outro lado, termos aquele emprego que faz tanta falta para pessoas mais novas ou menos novas, e também aquele emprego que é difícil de obter para pessoas com mais de 50 anos. Acho que o Minho Mark vai também resolver estas questões. O que eu preferia, naturalmente, empresas com dimensão, mas que não empregassem milhares de pessoas porque esse é um problema para estes territórios. Diria que é preferível termos qualidade do que quantidade. O que pretendemos é emprego mais qualificado. O emprego qualificado consegue trazer mais gente jovem, gente que se fixa e constitui família, e outra coisa importante é atrair mais massa crítica para este território.
DM – E a ZERAM (Zona Empresarial Responsável do Alto Minho), em Messegães, continua a fazer sentido agora com o processo do Minho Park está em andamento?
AB – Todo o sentido, porque a ZERAM tem uma perspetiva totalmente diferente daquilo que é o Minho Park. A ZERAM nasceu para resolvermos muitos problemas que temos hoje naquela zona do concelho, no caso particular a zona do Vale do Mouro. É uma pequena zona industrial, com cerca de 6 hectares e uma área construtiva de 45 mil m2. O objetivo é resolver problemas de empresas monçanenses, muitas delas estão instaladas debaixo de habitações, estão instaladas sem condições. Por outro lado, também queremos fixar população naquele braço do concelho.
DM – O território de Monção é muito procurado pelo tecido empresarial?
AB – A procura empresarial e industrial deste território é enorme. É rara a semana em que no meu gabinete não recebo contactos de empresas que gostariam de instalar-se em Monção e não conseguem arranjar armazéns nem terrenos industriais em condições para poderem construir as suas naves e poderem fazer os seus investimentos.
DM – Ainda no capítulo da economia, o turismo é um setor no qual Monção tem apostado. O recente prémio que recebeu no Japão para o melhor filme turístico do mundo na categoria de “Turism Destination City” já é fruto desta aposta?
AB – Não tenho dúvidas disso. É resultado do nosso trabalho na marca Monção como um todo. Não promovemos de forma particular as nossas tradições, o nosso património, o rio, as gentes. Promovemos tudo globalmente. A nossa estratégia parte das lendas e a partir daí apresentamos as ofertas que temos no nosso território. E acho que isso foi conseguido. Os resultados estão à vista. A marca é abrangente, o filme foi mais uma das coisas da marca. Hoje, todo o cidadão de Monção sente-se englobado nessa marca e utiliza-a com orgulho próprio. É sinal de que as pessoas se apropriaram desse trabalho.
DM – A marca Monção têm trazido mais visitantes e turistas ao território?
AB – Sem dúvida, sim. O maior sinal é o movimento que temos durante a semana. Ao fim de semana é uma coisa mais natural, temos uma enorme procura por parte de espanhóis, mas hoje começamos a ver à semana turistas também de outros países como da Alemanha, dos países escandinavos, do Japão. Os nossos agentes económicos, a nossa restauração, a nossa hotelaria começa a ter a garantia de poder contar com gente a dormir durante a semana. Este é o grande desafios destes pequenos territórios.
DM – Como é que está o concelho em termos de oferta de alojamento turístico?
AB – Há períodos do ano em que não temos capacidade para receber todas as pessoas que pretendem pernoitar no território. Se na altura em que entrei para a câmara a hotelaria seria escassa para alguns eventos que se fazem durante o ano, direi que a hotelaria hoje é escassa por muitos momentos do ano. A tendência de aumento da procura vem dizer que estamos no caminho certo. Estamos a aumentar paulatinamente a oferta, não queremos de repente passar de uma capacidade x para uma capacidade x2. O objetivo é que a hotelaria vá respondendo aquilo que são as necessidades do mercado. Acho que isso está a acontecer e aguardamos mais investimento privado.
DM – Monção vai ter um hotel de 5 estrelas na Quinta da Portelinha, solar do séc. XVIII, a 3 km da vila. Este património foi preservado?
AB – A parte existente foi toda preservada, depois há partes novas que foram construídas para a dimensão que se pretendia para o projeto para o tornar rentável. O hotel está previsto abrir antes do verão. A marca Monção funcionou, a comunicação do território funcionou, porque hoje o privado procura o território para investir, e não há nenhum investidor que venha investir milhões num hotel de 5 estrelas ou em outros projetos que também serão notícia se não tiverem a garantia de que o território tem futuro e que é cada vez mais procurado.
DM – Qual o peso dos produtores do Alvarinho na dinâmica da atração de turistas ao concelho?
AB – Enorme, mas hoje menor do que aquele que era quando fui eleito presidente de câmara [2017], o que é um bom sinal, porque acho que o segredo dos territórios é exatamente eles conseguirem ser abrangentes naquilo que é a oferta para que estejam menos dependentes de um setor em particular, não menosprezando aquele que é o setor do vinho, que vale dezenas de milhões de euros na nossa economia. A Adega Cooperativa de Monção é aquela que tem mais impacto direto num conjunto maior de pessoas. São mais de 1500 associados que todos os anos metem lá as suas uvas e a tempo e horas recebem o seu rendimento. Estamos a falar de mais de 10 milhões de euros pagos diretamente aos produtores e que depois entram na nossa economia. Isto tem uma importância enorme na dinâmica do nosso território.
Temos também aqui instalados grandes grupos do setor a produzir em quintas que adquiriram. Não é por acaso que estes grandes players do mercado vêm para cá. Já não lhes chega comprar as uvas, querem ter adegas no terroir original, no berço do Alvarinho. Isto mostra a importância desta sub-região e dá-nos garantias de um futuro risonho nesta área.
DM – Pela barriga também se conquistam turistas. Monção tem duas das sete maravilhas da gastronomia portuguesa: o célebre cordeiro assado e as roscas de Monção. Agora tem um prato novo, o Bacalhau à Monção. Há gente a vir de longe provar estas iguarias?
AB – Sem dúvida nenhuma. O nosso cordeiro à moda de Monção tem uma procura extraordinária. Desde que ganhamos o prémio das sete maravilhas a procura e venda deste prato aumentou exponencialmente. Em relação às roscas de Monção, um negócio que era fechado aos mais antigos, com duas ou três casas a trabalhar, podemos dizer que hoje temos mais gente e gente jovem a produzir e a viver da venda das roscas.
DM – E o Bacalhau à Monção é um piscar de olho aos espanhóis?
AB – É um prato diferenciador, um prato só nosso. Nós sabemos que estamos numa zona estratégia em que o espanhóis procuram muito o bacalhau. Quem quiser provar este prato tem que vir a Monção. É um prato que garante qualidade e quantidade. Em janeiro, no mês em que a iguaria foi lançada, tivemos nove dias dedicados ao prato e foi para a restauração o melhor mês de sempre na história deste concelho.
DM – O barco turístico do Projeto Rio Minho Navegável terminou. A experiência valeu a pena?
AB – Valeu, apesar de termos tido muito problemas principalmente do lado espanhol com a questão da permissão da navegabilidade do rio Minho que é uma coisa inacreditável. Temos um rio que não nos divide, mas nos une, mas as regras de utilização do mesmo no lado espanhol e no lado português são completamente distintas. Isto foi um problema no projeto desde o início. Estivemos durante muito tempo parados porque, embora com as autorizações aprovadas pelas entidades, os espanhóis depois do barco começar a navegar vieram dizer que afinal do lado espanhol não podia fazer este trajeto. Os dados que temos do pouco tempo que conseguimos que o barco navegasse são fantásticos. Nunca passou pela cabeça de ninguém que o barco ia navegar das Caldas de Monção em direção a Valença, porque não há condições de navegabilidade. O objetivo foi sempre fazer passeios num trajeto de cerca de três quilómetros que permitissem olhar para os nossos territórios a partir do rio, e a partir daqui pôr a o turista a fazer experiências vínicas, de natureza, de património. O objetivo era também mostrar ao privado que pode haver interesse económico neste produto turístico no rio Minho. Vai levar tempo, mas acho que vamos conseguir chegar ao propósito deste projeto.
DM – E o projeto das bicicletas?
AB – Um sucesso. Infelizmente tivemos alguns problemas, porque é um projeto inovador, diria um projeto único entre três eurocidades. Em termos informáticos e de plataformas digitais foi muito complicado. Estamos a falar em poder pegar numa bicicleta em Monção e poder deixá-la em Salvaterra, a mesma coisa com Tui e Valença e com Tominho e Vila Nova de Cerveira. Mas foi um sucesso, os dados que temos da utilização das bicicletas são fantásticos e não são maiores porque houve muitos problemas nesta fase inicial e muitos deles estão ainda a ser resolvidos.
DM – Quem utiliza mais as bicicletas, turistas ou habitantes locais?
AB – Ao contrário do que se poderia pensar não são só os turistas que usam as bicicletas. As bicicletas são também muito utilizadas pelo cidadão interno que reside nos territórios, o que mostra que se calhar há aqui um caminho a fazer no sentido de usar a bicicleta como meio de transporte. Futuramente vamos aumentar a nossa oferta na malha urbana, pensando na sustentabilidade ambiental e também na mobilidade de quem trabalha e habita nesta malha urbana que está cada vez mais carregada de gente.
DM – Em que ponto está o projeto do tabuleiro da ciclovia na ponte internacional?
AB – Esse projeto está a andar. Já está aprovado pelas Infraestruturas de Portugal e as entidades espanholas, penso que vai ser uma realidade. Possivelmente vai demorar mais um ano ou dois. É uma necessidade e será uma coisa única, porque ficaremos com dois corredores: ciclável e pedonal. Isto será mais um fator de atratividade neste território, fechando de alguma forma esta aposta que tem sido feita na eurocidade. Temos todos a ganhar.
DM – E como é que está o processo da nova travessia rodoviária que vai ligar Monção à Galiza?
AB – O projeto já tem a aprovação e temos um estudo económico por parte da CCDR-N. Fomos nós, municípios de Monção e Melgaço, que iniciamos este processo, apresentamos as nossas propostas, conseguimos já apresentar um documento juntamente com técnicos da CCDR-N. É um dossiê que está a andar.
Uma ponte internacional naquele ponto não é de interesse só para Monção, eu acho que é de interesse estratégico para Portugal e Espanha criar aqui um eixo único de entrada na A52 [Autovía das Rías Baixas], uma porta de entrada para a Europa a 500 metros do rio Minho. Não estamos a falar de uma coisa megalómana, mas de uma coisa palpável que iria beneficiar Monção, Melgaço e todos estes territórios à volta, e iria responder aquelas que são as necessidades deste eixo urbano que vai até Braga, Famalicão, Barcelos.
DM – Haverá ponte até ao fim do seu mandato?
AB – Possivelmente não. Mas os passos estão a ser dados, isso é o mais importante. Estes projetos estruturantes demoram muito tempo. Tal como a ponte Monção-Salvaterra, acho que esta passagem poderá ser um passo decisivo na transformação de toda esta zona do Minho e Galiza. Esta ligação vai balizar todo este desenvolvimento económico que está a acontecer nesta região.
DM – Como é que estão as relações transfronteiriças no âmbito da Eurocidade Monção-Salvaterra?
AB- Eu acho que as relações que existem entre os presidentes de câmara portugueses e os alcaides espanhóis, a forma como trabalhamos em conjunto, são meio caminho andado para que as coisas funcionem, mesmo nós sabendo que em Espanha há mais um patamar entre o poder local e o poder central, que são os governos regionais. Mas acho que há uma relação muito próxima e que tem sido frutífera. Aliás, do lado de lá já perceberam que só têm a ganhar se trabalharem connosco, e nós deste lado também. Esta região - Norte Portugal e Galiza - tem crescido muito, mas ainda tem muitos passos para dar.
DM – Falemos agora da área social. Qual é a sua maior preocupação nesta área?
AB – Acho que é conseguir responder em tempo real às solicitações das pessoas que necessitam da nossa ajuda, conseguir respostas imediatas. Felizmente, hoje somos um dos concelhos melhor servidos em termos de respostas sociais. Temos cinco ou seis instituições de dimensão a trabalhar no terreno e está a ser feito um investimento novo na freguesia de Ribeira de Mouro. Em termos de oferta de lar, principalmente, de centro de dia e de apoio domiciliário estamos a conseguir responder. As IPSS têm percebido o seu papel e têm respondido ao nível do que são as necessidades que vão surgindo no terreno.
A nossa política social é abrangente: temos um banco alimentar com cada vez mais procura, apoiamos a compra de medicamentos através do programa Monção Social, recuperamos casas particulares para dar condições de habitabilidade através do projeto Casa Feliz, apoiamos o transporte de doentes não urgentes, apoiamos casais novos que não têm possibilidades na compra de produtos de puericultura.
Com o Monção Social vencemos um prémio o ano passado. Pelo terceiro ano consecutivo somos considerados Município Familiarmente Responsável.
Estamos a transformar um território num concelho cada vez mais inclusivo e que através das políticas sociais e familiares quer convencer mais gente a vir para este território. Porque também temos emprego.
DM – E no que diz respeito à habitação?
AB – Nesta área estamos a avançar com um projeto de cerca de 5 milhões de euros para dar melhores condições de habitação social em imóveis que pertencem ao município, mas também em casas particulares, e para novas habitação que vamos construir. Este investimento vai para além da procura que tínhamos à data que avançamos com o projeto. Pensamos no futuro, ainda que daqui a cinco anos possa já ser insuficiente.
DM – A área construtiva de Monção tem crescido, mas, curiosamente a população decresceu 7 por cento, segundo o último Censos. Não há aqui uma contradição?
AB – Não, nenhuma. Os dados são fáceis de perceber. O último Censos foi entre 2011 e 2021. Se olharmos para os dados verificamos que o concelho perdeu mais de 6,2% da população nos primeiros sete anos do Censos e nos últimos três anos perdeu apenas 1% da população. Portanto, o que está a acontecer é um esmagamento daquilo que era a diminuição da população. Isto acontece porque há mais nascimentos e mais pessoas que estão a vir para o território.
A minha perspetiva é que estamos muito próximos de atingir o limiar em que vamos conseguir parar a diminuição da população e depois paulatinamente conseguir aumentar. Note-se que vamos para o terceiro ano consecutivo com um aumento do número de alunos nas nossas escolas. Dentro de quatro a cinco anos, a Escola EB 2,3 de Monção não terá condições para receber o número de alunos que este território terá em idade escolar.
DM – A construção de habitação no concelho tem sido suficiente para responder à procura?
AB – Diria que continua a ser insuficiente. Mas o alojamento vai continuar a crescer, mesmo nas zonas rurais. O desafio que lanço aos privados é que se duplique o investimento em habitação, porque com a dinâmica que existe no território, com a abertura do Minho Park, com a abertura de mais superfícies comerciais a nossa expetativa é que daqui a dois ou três anos a procura por este território aumente de uma forma exponencial, e é importante que o privado e o mercado consiga responder na mesma medida com habitação.
DM – E na área da educação o que é que ainda é preciso fazer?
AB – Muita coisa, vai-se fazendo muito, mas há sempre coisas a fazer. Acho que temos que dar mais condições nas escolas. Temos que tornar o ensino tendencialmente gratuito. A nível local, naquilo que depende de nós, estamos a fazer esse caminho. Acho que o Governo devia fazer igual.
DM – E na área da saúde o concelho está bem servido?
AB – Não. O concelho para estar bem servido tinha que ter hospitais de mais proximidade. Nós hoje temos o Hospital de Viana, que é o que serve todo o distrito, a cerca de uma hora de automóvel daqui, a correr muito bem. Há agora também um hospital privado em Valença. Foi um erro acabar com as urgência nos centros de saúde. A oferta de respostas na saúde é um dos factores objetivos para a fixação de população nos territórios.
Os municípios do Alto Minho são quem estão a fazer os projetos para obras nos centros de saúde, recorrendo ao PRR, para dar melhores condições aos utentes. Mas tão importante como ter boas condições físicas é depois ter bons recursos humanos. Por isso, há que apostar em bons recursos humanos. Este é um problema nacional, porque deixou de ser uma aposta e estamos basicamente a dar cabo do Sistema Nacional de Saúde e a pôr o privado a ganhar dinheiro.