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Marcha pela Educação em Braga defende que «um país que põe a escola em último nunca estará em primeiro»

Marcha pela Educação em Braga defende que «um país que põe a escola em último nunca estará em primeiro»
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Publicado em 25 de janeiro de 2023, às 12:09

A marcha percorreu várias ruas do centro histórico.

Professores e pessoal não docente juntaram-se esta manhã para uma Marcha pela Educação pelas ruas de Braga. A marcha percorreu várias ruas do centro histórico, desde o Largo da Senhora-A-Branca até à arcada, e alertou que "um país que põe a escola em último nunca estará em primeiro". Pelas 9h00 já o Largo da Senhora-A-Branca juntava centenas de professores em protesto. «As nossas reivindicações são a valorização da carreira e do tempo de serviço, porque durante estes anos estivemos parados, não avançamos nas carreiras. Há uma série de problemas que se passam nas escolas e que estão por ser resolvidos há muitos anos», defende Alexandra, uma das manifestantes. O maior pedido é então, assegura, «a valorização das carreiras e financeira». «Estamos a perder dinheiro. A maior parte [dos professores] não acabam a carreira no topo da carreira. E também acabar com as quotas, porque há muita gente que ainda não ultrapassou essa fase [da carreira] e precisa», frisa a docente. [gallery type="rectangular" size="full" ids="259469,259470,259471,259472,259473,259474,259475,259476,259477,259478,259479,259480"] Outro dos professores presentes na Marcha,Sérgio Rodrigues, acrescenta às reivindicações dos professores se acrescenta a questão dos serviços mínimos requisitados nos últimos dias pelo Governo. «A educação não contempla serviços mínimos, com a exceção do período de exames nacionais e de avaliações. E neste momento, o Governo tenta silenciar os professores e terminar uma greve através da requisição de serviços mínimos, quando eles não se ajustam a isto», garante. Esta não é a primeira vez que os professores tentam fazer-se ouvir em Braga, tendo ocorrido a 19 de janeiro uma das greves dos professores por distrito na cidade. Ainda assim, Sérgio Rodrigues diz que «está difícil» ouvir a voz dos docentes. «Estamos a ficar muito roucos, mas não cansados. Vamos continuar e endurecer as forma de luta, uma vez que não estamos a conseguir», comenta. «Apesar de tudo, acho que vamos conseguir ser ouvidos, porque o que está em causa é a escola pública», frisa Sérgio Rodriges. «Os pais, os alunos e todos os portugueses precisam de uma escola pública de qualidade, porque são os professores que formam todos os profissionais em Portugal, são os professores que se preocupam com todos os alunos, com aqueles que aprendem e com aqueles que não aprendem e são os professores que cuidam dos filhos dos outros. E isso não se vê no ordenado nem é obrigado por decreto, é uma necessidade que o professor sente por formação e que faz todos os dias sem controlo. Vem do coração», conclui. [embed]https://www.facebook.com/diariodominho/videos/584478180218603[/embed]
Autor: Diana Carvalho e Inês Pedro Fernandes