“Testamento espiritual” de Bento XVI publicado em Portugal
O testamento entra esta quarta-feira em distribuição em Portugal.
O livro “Testamento – Permanecei firmes na fé”, que congrega textos de Bento XVI, entra esta quarta-feira em distribuição em Portugal. É assumido pelos editores como «o testamento espiritual» do papa emérito que morreu no último dia de 2022.
A edição portuguesa da obra, que integra também algumas das «principais catequeses» de Bento XVI, é editada pelas Paulinas – Editora, sendo coordenada por Nuno André, que considera que «reúne, em absoluto, o pensamento de Bento XVI e deixa um legado comparável apenas com outras obras dos Doutores da Igreja. Bento XVI será recordado pelas ideias – este é o maior legado que alguém pode deixar à Humanidade».
Na sinopse do livro, é sublinhado que «o testamento espiritual do papa Bento XVI, além de expressar uma das suas últimas vontades – ‘permanecei firmes na fé’ –, revela uma vigorosa preocupação universal: ‘Não vos deixeis confundir’». «Entre os seus legados está o pensamento teológico que retratou nas catequeses, nos discursos, nas cartas apostólicas. A preocupação permanente em educar cada católico para uma fé mais madura e esclarecida, levou-o a nunca abandonar o papel de pedagogo, transformando cada oportunidade numa lição», acrescenta o texto.
O coordenador da edição portuguesa, na nota introdutória do livro, frisa que Bento XVI assegurou a definição de um caminho – para aqueles que são mais interessados, para os que procuram no Cristianismo uma resposta autêntica, segura e completa, para os católicos em geral. «Os textos aqui reunidos evocam as principais reflexões de Bento XVI. São a essência do seu pensamento ensinado durante o seu pontificado nas audiências gerais das quartas-feiras», acrescenta.
O Papa Emérito Bento XVI, que morreu no dia 31 de dezembro de 2022, com 95 anos, abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, a 11 de fevereiro de 2013, a dois meses de comemorar oito anos no cargo. Joseph Ratzinger nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, e foi Papa entre 2005 e 2013. Ratzinger tornou-se o primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja. Os abusos sexuais a menores por padres e o “Vatileaks”, caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram casos que agitaram o seu pontificado.