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Municípios da Raia Seca e PNPG unidos em Agrupamento de Cooperação Territorial

Municípios da Raia Seca e PNPG unidos em Agrupamento de Cooperação Territorial
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Publicado em 15 de dezembro de 2022, às 12:06

Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro, Melgaço e Montalegre e as comunidades intermunicipais do Alto Minho, Cávado e Tâmega juntaram-se a 13 municípios galegos e à Deputación de Ourense.

OAgrupamento Europeu de Cooperação Territorial da Raia Seca e da Reserva Mundial da Biosfera Gerês-Xurês foi ontem oficialmente constituído em cerimónia que decorreu no salão nobre da Câmara de Arcos de Valdevez.

Assinaram a constituição deste AECT os cinco municípios portugueses que integram o Parque Nacional da Peneda-Gerês, ou seja, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro, Melgaço e Montalegre, 13 municípios galegos, a Deputación de Ourense, e as Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, Cávado e Tâmega.

Testemunharam este momento considerado histórico um representante da Xunta da Galiza, Jesus Ramallo, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, e a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira.

Ao presidente da Câmara de Arcos de Valdevez coube a definição do plano de ação deste AECT da Raia Seca Gerês-Xurês, que agora se junta à já existente AECT do Rio Minho.

Segundo João Manuel Esteves, esta era uma cooperação há muito desejada e pensada. «O que nos une é muito mais forte do que o que nos separa e, como tal, resiliência, vontade e compromisso são valores muito característicos das gentes deste território, e fizeram com que nós nunca desistíssemos e, com querer e engenho, tivessemos chegado aqui hoje», disse.

O autarca salientou que motivos para a constituição deste AECT não faltam, uma vez que as 22 instituições envolvidas «consideram que os recursos naturais, os recursos culturais, sociais e económicos» desta área «apresentam um elevado potencial para alavancar qualquer estratégia de desnevolvimento sustentável para este território transfronteiriço».

João Manuel Esteves, realçando que já estão a ser trabalhadas propostas, traçou as áreas de ação do novo AECT Raia Seca Gerês-Xurês e que passam pela demografia, ambiente, economia, conhecimento e mobilidade.

«Sabemos que a tarefa não é fácil e o caminho será longo, mas temos que começar. Por isso, que seja hoje dado esse primeiro passo para construir um futuro melhor neste território transfronteiriço», salientou o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez.

O presidente da Deputación de Ourense, José Manuel Baltar Blanco sustentou que o primeiro passo é sempre o mais importante, salientando, por isso, que o dia de ontem é «um dia histórico». Para este governante, a palavra que melhor define esta nova estrutura é coopperação.

Por fim, o presidente da CIM Alto Minho também defendeu que este foi um momento histórico para as três comunidades intermunicipais envolvidas no novo AECT.

Para Manoel Batista, ontem começou uma caminhada «importante para o futuro», salientando que o Alto Minho tem um histórico e feito um enorme trabalho no âmbito de cooperação.

Mas, disse o autarca, ainda há uma maior ambição e o que importa é uma capacidade de regenração económica.


Autor: José Carlos Ferreira