O impacto do divórcio nos filhos
Nos últimos anos tem-se verificado um aumento significativo do número de divórcios em Portugal. O divórcio, mais que um qualquer ato isolado, é um processo complexo, que poderá assumir uma complexidade ainda maior quando falamos em “conflito” e em crianças e jovens. O impacto do divórcio não é igual em todas as crianças e jovens, uma vez que a idade, a personalidade, a história de vida, a estrutura familiar e a qualidade das relações pais/filhos, são importantes fatores a considerar. No entanto, nunca as crianças e jovens poderão ter uma boa adaptação ao divórcio dos pais, se estes se focarem nas suas próprias frustrações, nos seus próprios desejos de vingança, esquecendo, desta forma, o superior interesse dos filhos.
Quando estes conflitos prevalecem, poderão existir alterações nos comportamentos das crianças e dos jovens a que os pais deverão estar atentos. Assim, em crianças mais pequenas, poderão ocorrer situações de enurese, maior dependência em relação a um dos progenitores, ou até mesmo a diminuição do rendimento escolar. Os adolescentes, por sua vez, poderão mostrar-se divididos na sua lealdade entre o pai e a mãe, e por isso mais facilmente poderão isolar-se, ou proteger de forma mais vincada um dos pais.
Desta forma, é importante que os pais estejam atentos às necessidades dos filhos, e que numa situação de divórcio possam:
1º – Garantir aos filhos que ambos continuarão sempre a ser os pais e que gostarão sempre deles;
2º – Não pedir aos filhos para tomarem partidos;
3º – Não usarem os filhos como “arma” em relação ao outro;
4º – Não usar os filhos como mensageiros para a outra parte;
5 º – Não falar mal da outra parte.
Não se esqueça dos direitos das crianças no divórcio, uma vez que, os seus filhos têm direito a serem protegidos por ambos os progenitores e desta forma sentirem-se, incondicionalmente amados por ambos.