Ghebreyesus advertiu, no entanto, que «lacunas na vigilância, nos testes, na sequenciação» genética do coronavírus que causa a Covid-19 e «na vacinação continuam a criar as condições ideais para o aparecimento de uma nova variante preocupante que pode causar uma mortalidade significativa». Dominante no mundo, a variante de preocupação Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 tem mais de 500 subvariantes, todas muito contagiosas e com mutações genéticas que as tornam capazes de superar mais facilmente as barreiras imunitárias, mas sem causar doença grave, segundo a OMS.
No total, a pandemia da Covid-19 fez no mundo 6,6 milhões de mortos e cerca de 640 milhões de infetados, de acordo com as notificações feitas pelos países à OMS, que tem ressalvado que o número real é muito maior, dado que nem sempre os casos são comunicados. Na última semana foram registadas mais de 8 500 mortes por Covid-19, um número que o diretor-geral da OMS considerou que «não é aceitável após três anos de pandemia», uma vez que há «ferramentas para prevenir as infeções e salvar vidas».
Autor: Redação/Lusa